O Estado de Minas Gerais registrou, no último dia 5, 1.407 pessoas na fila de espera para internação, mesmo o governo dobrando o total de leitos de UTI e enfermaria. A informação foi divulgada pelo governador Romeu Zema (Novo) em suas redes sociais. Do total, 526 aguardam leitos de UTI e 881 pacientes esperam vaga em enfermaria.
Minas, em fevereiro, contava com 2.072 leitos de UTI. Neste mês, são 4.614. No mesmo período, Minas tinha com 11.625 leitos de enfermaria e, em abril, são 20.959. Porém, a ampliação não está dando conta da demanda.
"As unidades de Saúde nunca estiveram tão cheias em todas as regiões. Mais do que nunca, conto com o comportamento dos mineiros. Precisamos respeitar as medidas de segurança para controlar a disseminação do vírus e recuperar a nossa capacidade de atendimento aos doentes", disse o governador em seu perfil no Twitter.
As projeções para a COVID-19 acendem alerta para abril, que pode ser um mês ainda mais letal que março, quando foram registrados recordes de mortes em todo o país. Em Minas, nos primeiros cinco dias, foram confirmadas 1.381 mortes, o que corresponde a 23,9% do total de mortes do mês anterior. De acordo com o boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, o estado registrou 59 mortes e 2.604 casos em 24 horas.
A curva de transmissão apresenta leve queda, mas ainda está em um patamar alto. Desde o início da pandemia, 1,15 milhão de pessoas se contaminaram com o coronavírus. Desse total, 25.713 morreram. A média móvel de mortes é 275, um crescimento de 36,8% em relação a 15 dias. Em 23 de março, a média de mortes era 201. A média dos últimos dias de casos é de 7907. No dia 30 de março, era 10.242. (Com informações de Márcia Maria Cruz)