Após cultivo e manejo das mudas de espécies nativas, viveiristas de Mariana e Barra Longa (MG) afetados pelo rompimento da barragem de Fundão começaram a comercializar uma safra de cerca de 20 mil mudas para a recuperação de nascentes do Alto Rio Doce (MG). As plantas foram adquiridas pela Fundação Renova e enviadas para produtores rurais dos municípios de Coimbra, Ponte Nova e Paula Cândido, remunerados pela entidade para recuperar nascentes localizadas dentro de suas propriedades.
Além do fomento da economia local, a ação inclui os viveiristas na agenda dos programas compensatórios de reflorestamento e proteção de áreas degradadas, previstos no Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC). O acordo prevê a recuperação de 5 mil nascentes e o reflorestamento de 40 mil hectares até a foz, no Espírito Santo. Será destinado para as iniciativas compensatórias de restauro florestal R$ 1,5 bilhão, uma das maiores do país em uma bacia hidrográfica.
Para garantir a segurança das famílias de Mariana e Barra Longa no envio das plantas a campo, consultores da Fundação Renova ministraram treinamentos teórico e prático. Todo o processo foi monitorado, com o cumprimento de normas de distanciamento e o uso de máscara para a proteção contra o novo coronavírus.
O apoio técnico ocorreu desde a seleção das mudas, passando pela confecção dos rocamboles – pacotes de mudas – e fertirrigação pré-logística, técnica de aplicar fertilizantes via água de irrigação, ainda no viveiro. Cada rocambole é composto de, no mínimo, 15 espécies, totalizando 30 pacotes. Também foram prestadas orientações de como deve ser o armazenamento de transporte.