[caption id="attachment_434" align="alignleft" width="250" caption="Apesar do tombamento municipal em 2008, são constatadas construções em estado bastante avançado."][/caption]
As invasões e demarcações de lotes no Sítio Arqueológico do Gogô têm preocupado a população marianense, principalmente moradores dos bairros Rosário e Gogô. Além de denegrir um patrimônio natural tombado pelo município, os loteamentos foram feitos próximos à nascente do rio que abastece os bairros referidos.
Tombada pelo município de Mariana em 2008, a área fica a cerca de 12 km do Centro Histórico da cidade e trata-se de um dos maiores e mais expressivos sítios da história de Minas. É conhecida pela vasta flora em extinção e pelas ruínas, minas desativadas e construções antigas dos tempos da mineração de ouro.
O diretor de relações públicas da AGTURB (Associação de Guias de Turismo do Brasil Sub Seção Mariana) Geraldo Zuzu afirma que é uma área de suma importância para o município e que o poder público deveria dar o devido valor a esta. “O ouro nos proporcionou apenas uma safra. O minério de ferro também se extinguirá um dia. Levantamentos comprovam que Mariana disponibilizará minério por apenas mais 20 anos. Precisamos que o turismo seja valorizado para tornar-se maior fonte de arrecadação municipal e amenizar as perdas do minério que estão por vir”, conclui.
De acordo com moradores do bairro Rosário, os loteamentos demarcados no local estão em uma área muito próxima à nascente do rio que é responsável pelo abastecimento de água do bairro. Devido às adversidades do terreno seriam impossíveis quaisquer construções de saneamento básico ou rede de esgoto, o que inviabilizaria a água distribuída para as localidades mencionadas.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, esta tomou conhecimento das invasões através de uma denúncia. “Como se trata de invasão, foi feita fiscalização em conjunto com o Patrimônio e Postura e será aberto um Processo Formal” finalizou o secretário José Miguel Cota.