Nesta semana, a Petrobrás anunciou aumento de 6% para o gás liquefeito de petróleo (GLP), que já tinha sido reajustado em 5% no início de dezembro passado, o que poderá levar usuários a buscarem alternativas, como a lenha e o etanol.
A alta afeta tanto o preço do gás de cozinha nas refinarias por R$ 35,98 o botijão, quanto o GLP a granel, utilizado por indústrias, comércio, condomínios e academias, entre outros. "O GLP está deixando de ser um produto de utilidade pública por causa do alto preço, as famílias em miséria absoluta só crescem no Brasil, contradizendo todo discurso de energia barata do governo. Nunca o preço foi tão alto", afirma o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, Alexandre Borjaili.
O preço do gás de cozinha ficou congelado entre 2007 e 2014, e passou a ter reajustes mensais em 2017, durante o governo Michel Temer. Na mesma gestão, após reação negativa.
Aqui em Mariana o responsável pela distribuidora Líder Gás, Augusto, explicou como funciona esse aumento e porque vem ocorrendo frequentemente, “sou revendedor de gás nas cidades de Mariana, Ouro Preto e Itabirito. Trabalhamos com as marcas Super Gás Brás e a nossa revenda chama Líder Gás. Venho esclarecer a população da cidade sobre esses aumentos sucessivos que estão tendo de gás de cozinha, tivemos mais um aumento de 6% do gás que veio da Petrobrás. O gás aumenta assim porque a Petrobrás equipara o barril de petróleo em dólar, então o dólar sobe nos estados Unidos e ela repassa essa cotação pro nosso real aqui e aí o gás sobe, a gasolina também e todos os derivados de petróleo. Já tivemos vários aumentos, praticamente todo mês desde agosto, ao todo estamos beirando 50% de aumento e a Petrobrás é a única que refina o gás para ser vendido à população do Brasil” explicou Augusto.