Na maioria das vezes, quando se fala em saúde mental, pensamos logo em doença mental, mas a verdade é que a saúde mental implica muito mais do que ausência de doenças. Manter um equilíbrio emocional entre uma série de emoções expostas na rotina diária está relacionado em como cada um lida com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida. Quando algo não está tão no eixo assim, é aos Serviços de Saúde Psicossocial que recorremos.
No último dia 28, o jornal Ponto final exibiu uma live na rede social, mediada pelo diretor do jornal, Rômulo Passos, abordando a Saúde Mental no município de Mariana. A transmissão contou com a presença do secretário de saúde, Danilo Brito e a psicóloga clínica e Referência Técnica de Saúde Mental da cidade, Karen Santos.
Segundo Karen, Mariana conta com três unidades de CAPS sendo elas o CAPS - adulto, CAPS – Infanto Juvenil e o CAPS – Álcool e Drogas além do serviço através do dispositivo “Conviver” criado especialmente para atender os atingidos da Barragem rompida em 2015.
Em fala, o secretário, ressalta a estrutura equipada e capacitada em atender a população nesses quatro segmentos de atendimento ao cidadão marianense, “a saúde mental do município teve um investimento muito grande, desde material humano, a equipamentos em geral. A criação e separação desses segmentos possibilita um atendimento mais qualificado para cada caso. O pessoal lá além de capacitado tem um cuidado e carinho muito grande com os pacientes” explicou Danilo.
Questionada por um cidadão que não quis ser identificado, a psicóloga Karen falou sobre os serviços prestados aos casos de dependência química e falou brevemente sobre como irá funcionar o CAPS – Álcool e Drogas, “o CAPS é um serviço que foi criado para acompanhar os casos graves, esses pacientes que geralmente estão em crise o CAPS oferece um serviço de permanência, chamada de permanência dia, e ao final do dia ele é levado para casa. Lá eles tem alimentação, oficinas terapêuticas e ingestão de medicação quando há necessidade. O CAPS cuida desses pacientes nessa nova realidade, fugindo daquele cenário de manicômio ao qual as pessoas temem.”
Karen fala sobre internação por dependência química, questionada pela marianense Tereza do bairro Rosário, “Levando em consideração que estamos cuidando de usuários do SUS, que ele possa se tratar em meio aberto, que a gente entenda que quem faz uso ou abuso de alguma substancia o único caminho não é a internação, a internação não é a primeira alternativa” explicou.
Sobre os casos de autismo Karen explicou que as esquipes estão altamente qualificadas e o espaço infanto juvenil está apto para fazer os acompanhamentos e as demandas do município