Nos sete primeiros meses de 2020, a Cemig registrou mais de quase 2.000 ocorrências de colisões de veículos com postes, que prejudicaram cerca de 700 mil clientes em toda a área de concessão da companhia. Além do prejuízo no fornecimento do serviço, esses acidentes são muito perigosos para as pessoas que estão nos automóveis e também para aquelas próximas ao local. Somente na Região da Mantiqueira foram 169 acidentes, que interromperam o serviço para cerca de 130 mil unidades consumidoras da empresa.
O gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig, João José Magalhães Soares, ressalta que, quando ocorre esse tipo de acidente, é importante que as pessoas fiquem dentro do veículo, para que não haja risco de eletrocussão com fios da rede de distribuição caídos ao solo.
“Se houver fios caídos no chão, é possível que, ao sair do carro, a pessoa sofra um choque elétrico, que pode ser de até 13 mil volts, caso seja uma rede de média tensão. O único caso em que a pessoa deve deixar o veículo imediatamente é em situações de incêndio.
Neste ocasiões, se for necessário sair do veículo, a pessoa nunca deve tocar a estrutura do automóvel e no solo ao mesmo tempo, porque ele se tornará o caminho entre a corrente elétrica e o solo, e isto pode ser fatal ou causar queimaduras gravíssimas”, explica João José.
“Mas quando for necessário sair do veículo”, continua o engenheiro, “a pessoa tem que abrir a porta sem tocar no solo, colocar os braços em forma de cruz junto ao peito e saltar o mais longe possível do automóvel e sem tocar ao mesmo tempo no solo e em qualquer parte do veículo”, orienta.
Ainda segundo o gerente, além disso, é preciso que o acidentado dê passos bem curtos para evitar o choque elétrico. Além dos riscos para os ocupantes do veículo, há também riscos de choque elétrico ou quedas de objetos do poste danificado para terceiros que estiverem próximo ao acidente.
É importante ressaltar também que quando um poste é danificado, uma equipe de emergência é deslocada para avaliar a situação e definir as ações que deverão ser realizadas.
João José Magalhães Soares também destaca que o trabalho de manutenção da Cemig, nesses casos, costuma depender também da ação de outros agentes públicos, como policiais militares, agentes de trânsito e bombeiros, uma vez que os acidentes podem gerar vítimas, incêndios e interdições de vias.
Custos devem ser arcados pelo dono do veículo
Outra informação que vale esclarecer é que o motorista causador do acidente tem prazo de até 60 dias para ressarcir os danos causados à rede da Cemig. Somente a estrutura do poste custa, em média, cerca de R$ 4 mil reais. Esse valor pode subir para até R$ 10 mil em caso de danos a equipamentos, como transformadores e religadores. Em Minas Gerais, a média é de 10 postes derrubados por colisões de veículos por dia. Na Região Metropolitana, três postes são danificados diariamente em acidentes de veículos.