O Jornal Ponto Final recebeu um vídeo de uma marianense, que não quis se identificar, onde, na linha que atendia Cachoeira do Brumado, o ônibus viajava com todos os lugares ocupados e passageiros em pé. Ela afirma que o problema também é recorrente na linha que atende a Barroca. Os ônibus fazem o trajeto da sede do município para as comunidades.
A mulher conta que há uma semana seu marido sofreu um acidente na sede da cidade e, após passar pelo atendimento médico, pegou ônibus para o distrito de Barroca com a perna quebrada e teve que viajar em pé. A cidadã reivindica melhores condições de transporte e que além do desconforto em fazer o trajeto sem se sentar, o risco da aglomeração também preocupa os usuários.
Em contato com a Prefeitura de Mariana, o responsável pelo Demutran de Mariana, Eliabe de Freitas Pereira, respondeu que o problema da superlotação no ônibus de Cachoeira do Brumado foi resolvido, “Esclareço que o distrito de Padre Viegas estava sendo atendido pela linha de Cachoeira do Brumado e que desde a data de 27/07/2020 houve o retorno da linha de Padre Viegas solucionando esse problema”.
Em relação a linha da Barroca, Eliabe explica que os ônibus transitavam nas segundas, quartas e sextas e que a partir do dia 03/08 o atendimento passou a ocorrer de segunda à sexta. O diretor do Demutran ressaltou que em virtude da pandemia as linhas distritais sofreram redução, “as linhas distritais teve uma redução aproximada de 80% com relação a demanda de passageiro e que o DEMUTRAN em conjunto com a Secretaria de Administração analisa semanalmente a relação de passageiros transportados e implementa as mudanças necessárias para garantir o melhor transporte para os usuários” afirmou.
O Ponto Final procurou a empresa Transcotta, responsável pelo transporte das linhas citadas, que afirmou acompanhar diariamente a evolução operacional do sistema de transporte público em Mariana para definir o “quadro de horário e do quantitativo de viagens neste período excepcional de calamidade pública”.
A empresa ressaltou que o monitoramento é feito de forma constante e com acompanhamento do executivo municipal, “de modo que o sistema é definido com base em premissas técnicas e avaliações da demanda que atualmente está baixa diante das medidas de isolamento social. Lamentavelmente, situações atípicas e excepcionais podem eventualmente ocorrer, já que envolvem fatores externos e circunstâncias alheias à organização da empresa, mas que já foram devidamente regularizadas” respondeu em nota.