A cidadã Patricia Geralda de Castro, de 33 anos, procurou o Ponto Final e apresentou denúncia de descaso por parte do sistema público de saúde da cidade de Mariana. Patricia afirma ter buscado ajuda na Policlínica Central com sintomas do covid-19, mas teve a aplicação do teste negada e, ao pagar a testagem particular, deu positivo para o vírus.
Segundo Patrícia, no dia 18 deste mês ela começou a ter problemas com nariz, teve coriza e o mesmo também ficou entupido. No domingo (19) ela percebeu que estava totalmente sem olfato e sem paladar. Suspeitando estar infectada pelo covid-19, Patrícia foi a um laboratório particular na segunda-feira (20) fazer o teste rápido, o mesmo deu negativo.
Os sintomas persistiram e Patrícia foi orientada por médicos de Belo Horizonte, que a acompanhavam devido a uma intervenção cirúrgica recente, a fazer o teste Swab e a não confiar no teste rápido. Na terça-feira (21) Patrícia foi até a policlínica de Mariana para tentar que fosse realizado o teste Swab, onde, segundo ela, não houve qualquer assistência.
Patrícia relata que ao ser atendida na unidade o médico, que segundo a paciente estava sem máscara, afirmou que ela não era um caso suspeito, que a perda do olfato e paladar não eram “por si só” considerados sintomas do covid-19. O médico teria alegado que não havia nenhuma necessidade de testagem. Ela insistiu, mas foi orientada a voltar ao trabalho, seguir a rotina normalmente e ficar atenta ao surgimento de sintomas como febre, tosse e dor de garganta.
No mesmo dia, Patricia retornou à Policlínica a noite, na tentativa de conseguir falar com a Dra. Danuta Niquini. Patrícia não teve êxito novamente, pois segundo a enfermeira que teria a atendido, a Dra. Danuta reafirmou que ela não era considerada suspeita e que não havia motivos para testar. Desta forma, seguindo as orientações dos médicos da capital, Patricia resolveu fazer o teste Swab particular e o mesmo deu positivo na segunda-feira (27).
“Quis fazer esta denúncia devido ao total descaso da prefeitura diante de uma pessoa sintomática. Eu felizmente tenho condições de fazer particular, mas sei que muitos outros não tem, e isso não pode continuar sendo tratado desta forma” pontuou Patrícia.
O Ponto Final entrou em contato com a Prefeitura de Mariana, mas até a publicação desta matéria não obtivemos resposta.