Na última quarta-feira (24) reuniram-se vereadores, servidores, ex-servidores e o ex-prefeito Celso Cota para falar sobre a obra da “UPA do São Pedro”. No ano de 2015 se deram início às obras. No entanto, o projeto, que estava orçado em R$ 16 milhões, não foi concluído. Conhecido como o “elefante branco do São Pedro” a obra está abandonada.
Questionado sobre a concepção e não continuidade do projeto, Celso Cota afirmou que na época em que foi lançada a licitação e dado o início as obras o município possuía recursos em caixa. Logo após, Celso teve o seu mandato cassado. Ao ser perguntado sobre a não continuidade das obras por parte de Duarte Junior, vice-prefeito à época, e se a paralisação teria alguma motivação política, Celso afirma “não querer acreditar nisso”.
Um dos problemas apresentados foi o fato de que a licitação da obra ocorreu como sendo de uma UPA nível 3, o que pode ter, segundo o ex-secretário de saúde Germano, confundido as pessoas. A UPA nível 3 seria para áreas de população de 200 mil a 300 mil habitantes, portanto, não seria a indicada para o município.
Na oportunidade, o ex-secretário Germano explicou que o projeto não se trata “apenas” de uma UPA, mas um complexo de saúde. O projeto engloba a construção também de um almoxarifado do setor da saúde, transporte sanitário, atendimento ao SAMU e um almoxarifado de farmácia e que todo esse aparato justificaria a construção do complexo. A área total utilizada seria de 3.400m².
Em outubro de 2019, o Jornal Ponto Final questionou a Prefeitura sobre as informações de que o local seria adaptado e utilizado como um centro administrativo, à época, o executivo respondeu que a obra estava descredenciada da pasta da saúde e que as informações eram verdadeiras, “A obra citada já foi descredenciada da Secretaria de Saúde. De acordo com a Secretaria de Governo haverá sim o aproveitamento do prédio, que a saúde julgou ser superdimensionado para o fim que foi criado. O município implantará o Centro Administrativo Municipal no local, economizando recursos que são dispendidos com alugueis dos departamentos que hoje não estão localizados na sede principal, levando mais conforto aos servidores e aos cidadãos e proporcionando maior agilidade no atendimento e na prestação dos serviços públicos” ressaltou o poder público. A expectativa era de que em abril deste ano o novo centro administrativo já estivesse funcionando.
Para a reunião foram convocados os secretários de saúde e de obras, Danilo Brito e Fabio Vieira, o ex-prefeito Celso Cota, o ex-secretário de saúde Germano e a Fundação Renova. A Renova enviou um comunicado justificando a ausência e afirmando que para um próximo encontro se faria presente.