Interpretação errônea de vereadora causa mal-estar na Câmara Publicada 17 de Junho de 2010 - 11:25
O vereador José Jarbas Ramos, Nêgo (PTB), criticou as palavras da colega de plenário, Aída Anacleto (PT), ao afirmar que ela deveria “tomar mais cuidado com as suas acusações”.
[caption id="attachment_304" align="alignleft" width="251" caption="Vewreador Jarbas Ramos (Nego) "]
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As polêmicas discussões sobre o suposto desaparecimento de R$ 2,7 milhões voltaram à pauta da reunião da Câmara Municipal, na última segunda-feira (14). O atual secretário de Cultura e Turismo, Cristiano Cassimiro Santos, foi à Casa de Leis e esclareceu que o dinheiro não “sumiu” mas apenas foi bloqueado, para cumprir, entre outros, alguns processos licitatórios.
A revelação gerou certo mal-estar na Câmara depois dos questionamentos da vereadora Aída Anacleto (PT), na reunião ordinária do dia 31, sobre como teria sido gasto esse dinheiro, pois não teriam acontecido eventos suficientes. Aída sugeriu que a comissão de turismo fosse à Secretaria de Cultura e Turismo para averiguar a situação.
O vereador José Jarbas Ramos, Nêgo (PTB), questionou a “impulsividade da Vereadora Aída em denunciar em falso, lembrando a todos os presentes que é obrigação dos vereadores a responsabilidade de fiscalização, porém, cada denúncia a ser feita por aquela casa, deve ser sempre baseada em provas, devendo o vereador, em seu papel de fiscalizador do bem público, sempre se resguardar para que não se cometa nenhuma injustiça”. A assessoria do vereador afirmou ainda que “a vereadora Aída, ao invés de assumir a responsabilidade pela sua denúncia, estava querendo culpar o Jornal O Tempo dos Inconfidentes pela publicação da matéria, esquecendo-se que ela mesma havia pedido que fosse montada uma comissão para analisar o sumiço da verba na secretaria de cultura. A vereadora confundiu dotação orçamentária com execução financeira”.
Devido à grande repercussão que houve depois da polêmica do suposto desaparecimento de 2,7 milhões de reais da Secretaria de Cultura e Turismo, a vereadora Aída Anacleto (PT), esclareceu alguns pontos sobre a discussão em torno deste assunto.
A vereadora afirma que não mencionou a palavra “sumiço” durante o seu pronunciamento no plenário da Câmara na reunião do dia 31 de maio. Ela apenas teria pedido ao presidente da Casa de Leis, vereador Edson Agostinho de Castro Carneiro (PTN), Leitão, que solicitasse aos membros da comissão permanente de Turismo e Cultura informações sobre a destinação destes recursos, conforme consta em ata aprovada por toda edilidade marianense. “Não cometeria um ato deste sem antes buscar mais informações sobre o caso. Por isso pedi, naquela época, uma ação da comissão permanente”. Ela responsabilizou o Jornal O Tempo dos Inconfidentes pela confusão formada devido à matéria publicada pelo mesmo.
A ex-secretária de Cultura e Turismo, Walkiria Carvalho, foi convidada oficialmente para participar da reunião, para prestar os esclarecimentos solicitados pela Câmara, mas, de acordo com a mesma, ela já havia marcado um compromisso em São Paulo e não conseguiu chegar a tempo. Quanto a questão do mal entendido, a mesmaalega não tomará nenhuma providencia sem antes consultar o seu advogado. A mesma garante que não vai cometer o mesmo erro da vereadora, do jornal e da Rádio de Ouro Preto que em momento algum a procurou para certificar dos fatos.
O repórter do Jornal O Tempo dos Inconfidentes, Levi Quaresma, não quis se pronunciar a respeito da acusação da vereadora, mas mandou matéria de seu jornal onde o insenta de qualquer responsabilidade.