Eles, a todo o momento, se mostram como grandezas infinitas, conseguem trabalhar em conjunto com artes de maestria. Pensamos ser impossível, mas não, realmente este fato é uma verdade. O TEMPO voa e isso ninguém discute. Conseguimos aproveitar o que temos agora, nada mais é possível, pois o ontem jamais voltará e o amanhã? Dele não se sabe.
É comum lembrarmo-nos de anos atrás e dizer “bons tempos”. Este calendário se apaga e com ele as recordações podem se perder. Tente voltar 15 anos atrás! Poderás conseguir e dizer bons tempos, ou quem sabe, este tempo já não mais pode ser revivido nas lembranças, nem tens recordações da época. Assim também é muito comum encontrarmos motivos para de forma adversa falar do amor. Dizem que para amores impossíveis, dar um tempo é necessário, pois a impossibilidade somente terá reflexo se tiver um tempo. O tempo pode mudar muita coisa em nós, tirando-nos de um paradeiro colocando-nos de novo no círculo da vida.
O amanhã poderá chegar de forma diferente, com respostas, com respostas claras para muitas coisas que reclamamos sem motivo. Clamamos sempre porque o amanhã não vem logo! Podia chegar mais rápido, mas devemos saber que é o tempo que nos ocupa sempre. Se pensarmos que somos capazes de matar o tempo quando quisermos, vaga mentira, afinal, é ele que nos enterra. O tempo jamais vai parar. Vejamos agora a DISTÂNCIA, ela nos faz esquecer nomes, gestos, mas nunca um olhar. Jamais se encontram dois corpos que moram quilômetros de distância, mas duas paralelas, entretanto, se encontram no infinito. A Distância vai, irremediavelmente, tirar de você as pessoas mais queridas e, ironicamente, as mais próximas.
Quando um deles for embora, ai sim, você perceberá como sente falta dele. As insuperáveis distâncias quando perdemos um ente querido. As passageiras, quando uma pessoa que você considera amigo vai viajar. As distâncias que doem, neste caso quando existe amor, ficar longe da família e da namorada. Quando o TEMPO se junta à DISTÂNCIA, o ser humano é acometido por uma das piores sensações, “A SAUDADE”, ela é a falta de esperança de que este alguém voltará.
Deveríamos preferir ver a saudade como um relicário. Seria a prova de que tudo valeu à pena e merece vir a acontecer de novo. A mais pura Reminiscência existe quando assumimos a certeza de que não somos completos a partir e então, dói à saudade, a memória confundiu-se com as lembranças, passamos a preocupar com novo tempo, só uma coisa vale à pena, transformar tudo numa razão completa “O AMOR”.
Antonio Freitas Neto.