Dia 20 de janeiro, dia do Farmacêutico Publicada 14 de Janeiro de 2011 - 08:40
Desde os primórdios da civilização, a busca pela cura das doenças é uma das grandes preocupações da humanidade. A Farmácia, que se dedica à arte da pesquisa e do preparo de medicamentos, e ao conhecimento dos mecanismos de ação desses remédios nos seres vivos, é uma das mais antigas e belas ciências da história da humanidade. Registros históricos revelam que há mais de 2.600 anos os chineses manipulavam remédios extraindo substâncias das plantas. Os egípcios, há mais de 1.500 anos, preparavam medicamentos utilizando substâncias vegetais, animais e minerais. Na Grécia antiga destacaram-se Hipócrates e Galeno, considerados, respectivamente, pai da Medicina e da Farmácia. Na Idade Média surgiram os alquimistas tentando utilizar a química na preparação de medicamentos transformando matérias-primas da natureza em produtos aperfeiçoados e úteis à humanidade. Nasceram, então, os estabelecimentos chamados “boticas” onde eram manipulados medicamentos. No Brasil, o Padre José de Anchieta, que dedicou parte do seu trabalho à pesquisa e ao estudo de plantas com efeitos medicinais, é considerado o primeiro Farmacêutico desta terra.
Essas antigas práticas contribuíram, ao longo dos anos, para o desenvolvimento da Farmácia como ciência, profissão e atividade industrial e comercial. Elas também ensejaram a criação dos Cursos Superiores de Farmácia e Bioquímica, tendo em vista o conhecimento científico dos princípios ativos das plantas, dos minerais e dos microorganismos e seu uso na cura das doenças, na fabricação de produtos farmacêuticos e nas análises clínicas, toxicológicas e bromatológicas.
Como toda atividade científica e tecnológica, a profissão de Farmacêutico está em processo permanente de mudança e renovação. Esse profissional, além de possuir inúmeras atribuições conhecidas na área de medicamentos- incluindo a manipulação de drogas e Assistência Farmacêutica Clínica e Hospitalar, é responsável pela análise dos alimentos e pela indústria de medicamentos e cosméticos. Área de grande atuação, sob responsabilidade do Farmacêutico-Bioquímico, é o laboratório de análises clínicas, que pode ser visto como ponte de ligação científica entre as ciências básicas da química, da bioquímica, da biologia e das ciências físicas com os princípios médicos para o diagnóstico e prognóstico das doenças.
A Ciência Farmacêutica, com todos os seus ramos de especialização, necessita simultaneamente da visão tecnicista e do olhar humanístico do profissional. Por isso, deve atuar sempre com o maior respeito à vida humana, ao meio ambiente e à liberdade de consciência nas situações de conflito entre a ciência e os direitos fundamentais do ser humano. A dimensão ética do exercício da profissão deve levar em consideração, sem qualquer discriminação, o benefício do ser humano e da coletividade, por meio da prevenção, manutenção e recuperação da saúde, e da preservação do meio ambiente. Através de fármacos e defensivos, sua ação também se estende à preservação da saúde de animais e de plantas.
Por trás de uma dosagem bioquímica, de um hemograma, de uma cultura de bactérias ou mesmo das mais refinadas tecnologias da citometria de fluxo ou da biologia molecular, juntamente com o Farmacêutico-Bioquímico, está o diagnóstico de patologias ou a indicação de uma antibioticoterapia mais eficaz.
Dia 20 de janeiro é o Dia do Farmacêutico. Em comemoração a essa data, o Jornal Ponto Final homenageia esse importante, fundamental e imprescindível membro das equipes multidisciplinares e agradece o trabalho que desenvolvem com tanta dedicação, competência e sabedoria.