A entrega da Medalha da Inconfidência nessa terça-feira para 141 pessoas está causando polêmica na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Os deputados dos partidos que fazem oposição ao governador Fernando Pimentel (PT) protocolaram na tarde desta quarta-feira um projeto de resolução sustando os efeitos do ato do governador que concedeu madalha a João Pedro Stédile. O nome Stédile vem provocando críticas pa administração estadual ao figurar na lista de agraciados com a comenda, por ser o presidente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Segundo o líder do bloco da oposição, Gustavo Correa (DEM), Stédile não prestou nenhum serviço relevante ao estado econômica ou culturalmente como prevê a lei. “O que esperamos é que o governador reconheça o grande equívoco que cometeu e gerou críticas da imprensa nacional”, disse. O clima esquentou entre os deputados que bateram boca no plenário sobre o assunto.
O líder do governo, Deputado Durval Angelo (PT), disse que a atitude dos coelgas da oposição, na verdade, não tem função prática. Segundo Durval, o decreto legislativo só pode sustar atos exclusivamente do governador. A medalha é decidida por um conselho que tem membros do Executivo, Legislativo e sociedade civil. O líder do governo ainda ressaltou que o agraceado já recebeu elogios do Papa Francisco durante congresso de movimentos sociais realizado no Vaticano. “É um absurdo tão grande que fica parecendo que estamos num circo”, reclamou o petista da atitude da oposição.
Exaltado, o deputado Sargento Rodrigues (PDT) chamou Stédile de “criminoso” e o acusou de “formação de quadrilha”. Rodrigues aprovou moção de repúdio na Comissão de Segurança Pública da Casa. “Esse moço não é digno de receber medalha nem aqui nem em lugar nenhum do país. Devíamos conceder medalha aos humildes servidores da saúde educação e segurança”, disse.
Servidores do Ministério Público fazem protesto na tarde desta quarta-feira na Assembleia. Eles pedem a aprovação do projeto que concede reajuste a categoria. O texto prevê a elevação do subsídio em 6%. Se aprovado, o reajuste será retroativo a maio de 2014. Para ironizar a demora na tramitação da proposta, os servidores do MP distribuíram fatias de bolo na entrada da Casa. Isso porque o projeto completou um ano de tramitação.
*Com informações de Estado de Minas.