Há quase dois anos parada, Samarco descartou neste domingo (23) a retomada das operações em 2017. Segundo informações apuradas pela Agência Estado, a volta das atividades da empresa deverá acontecer, na melhor das hipóteses, no final de 2018.
A empresa confirmou ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que a partir do momento em que obtiver a licença ambiental para o uso da cava de Alegria Sul depósito de rejeitos ainda levará de cinco a seis meses fazendo obras de adequação da estrutura.
Como o aval das autoridades ambientais ainda está pendente, não haverá tempo hábil para a retomada este ano.A Agência Estado apurou que na melhor das hipóteses a volta das atividades da pelotizadora ocorrerá no fim de 2018.
A empresa diz que não pode precisar uma data, mas informou que quando isso ocorrer, a operação não voltará a funcionar a plena carga. O rompimento da barragem de Fundão, que deixou o município de Mariana e adjacências cobertos de lama, completará dois anos em novembro.
Desde então a produção na unidade está paralisada.
Um estudo da Tendências afirma que a continuidade da paralisação da Samarco põe em risco 20 mil vagas diretas e indiretas de emprego em 2017. Pelos cálculos da consultoria, o atraso na retomada das atividades da empresa implica na perda de R$ 4,4 bilhões de faturamento direto e indireto na cadeia de produção da companhia este ano - valor correspondente a 1% do PIB mineiro -, e na perda de R$ 989 milhões em arrecadação para o governo. Desde janeiro os contratos de 800 empregados da Samarco estão suspensos, em regime de layoff, com previsão de término em 31 de outubro.