Para falar de política é imprescindível citar definições dicionarizadas: “Conjunto dos fenômenos e das práticas, relativos ao Estado ou a uma sociedade. Arte e ciência de bem governar, de cuidar dos negócios públicos. Qualquer modalidade de exercício da política. Habilidade no trato das relações humanas. Modo acertado de conduzir uma negociação; estratégia.” Simples, necessária e precisa definição de palavra forte, polissilábica, incisiva, importante, (talvez uma das mais faladas no mundo), de apenas quatro sílabas. Poderíamos fazer um acróstico com as sílabas, sugerindo algumas palavras para o pleno exercício da política: POsição/LIsura/TIme/CApacidade. A palavra “política”, determinada com exatidão, por dicionaristas, pelos livros de Ciências Políticas, nos cursos específicos e temporários; é expressa na cidade de Mariana, por definições discrepantes das dicionarizadas: “Lamentação, tristeza, vergonha, vexame, brigas, confusões, incertezas”, e outros adjetivos e substantivos nada elegantes, que ocupariam laudas e mais laudas de um periódico. Mariana, “A Primaz”, viveu e vive momentos problemáticos, conturbados e tristes, na política maculada pela alternância de prefeitos; por brigas, querelas, agressões verbais, insultos e confusões ocorridas na sessão do Legislativo, no dia 20 de dezembro de 2010; vésperas de Natal e encerramento do ano. Leio os semanários com tristeza e clamo fervorosamente: - Alphonsus! Alphonsus... - Os sinos de Mariana voltam a clamar e a sangrar, clamam e choram compulsivamente: - A catedral de nossos sonhos não acendeu suas luzes natalinas! - A catedral de nossos sonhos desapareceu no caos d’um triste céu medonho! Os sinos voltam a chorar: - Mariana! Pobre Mariana! Mariana foi palco e exemplo para Minas. Foi e é motivo de orgulho para marianenses e brasileiros que escolheram viver aqui. Primaz de Minas - cidade que transpira história, guardiã da arte barroca de Athaíde e Lisboa, das formas plásticas de Alphonsus de Guimaraens, da fértil e profícua cultura contemporânea. Mariana, passado de glórias, de lutas, de vitórias e de liberdade. Tricentenária cidade de luzes; hoje, sonhos de mentes saudosas e desejosas novamente. O ano de 2009 não foi bom para a política marianense. Não houve chave para fechar o ano de 2010 e abrir as portas para 2011. É preciso saber política; é preciso saber politizar. É preciso ter e saber usar a chave para governar com arte, competência e ciência; a cidade ou a sociedade. Não estamos em tempos áureos para a política, educação, saúde, segurança, etc. A realidade continua dura para a maioria. A frase: “Nossos sonhos serão verdade”, não faz parte da realidade do povo brasileiro, mas do forte marketing natalino de emissora consagrada, que vive em um mundo ideal e de fantasias. Os nervos estão à flor da pele por todos os lados do país. Filas quilométricas nos Aeroportos e nas Rodoviárias; brigas acirradas em metrôs; correria para cumprir múltiplas tarefas. Músculos, ossos e articulações doem mais nessa época. Tudo conspira para o desgaste emocional e físico. Urge calma, ações repensadas, contar de um até dez; Fechar o ano com “chave de ouro”, é cumprir os objetivos sem atropelos e estresses. O cenário político do país também não é dos melhores, nem exemplo para o mundo. O amadurecimento e o exercício pleno da política, ainda não chegaram aqui, no país emergente. Estamos subindo, pelo menos esse é o “foco”: Alcançar o status de país desenvolvido. Não sei quantos pés de altitude serão necessários... Para a política de Mariana, ensejo sucesso e equilíbrio: Que todas as ações e decisões do Legislativo e do Executivo, façam valer nosso voto e defender leis e projetos que priorizem o bem-estar de TODOS os cidadãos que vivem aqui. Exemplo, justeza, estratégia, habilidade NO TRATO DAS RELAÇÕES HUMANAS, arte e ciência de bem governar, de cuidar dos negócios públicos de maneira acertada; não é luxo, nem pedir demais, é dever de todos os políticos. Que nossos desejos para uma “Mariana Mais”, não continuem sendo sonhos, nem lembranças saudosas de tempos de luzes.Andreia Donadon Leal