O jornal PONTO FINAL encerra sua última edição do ano de 2010 falando de um assunto que muito tem afetado não somente a nossa história como a vida de todos. Este fato fatigante que vem acontecendo e que na maioria das vezes nós cansamos de divulgar, e vocês de lerem, nada mais, nada menos é a busca incansável pelo poder, poder este que sempre deveria ser usado em prol de uma comunidade, principalmente da cidade de Mariana que vem sofrendo mais do que nunca com essas trocas de governo e interesses. Não existe uma única alma, ali “nas esferas de um governo” capaz de admitir que possa haver algum erro, mesmo de pequeno porte. O resultado é que o legislativo e o executivo da cidade não corrigem nenhum dos erros que comete, pois acabaram se convencendo que não erram nunca. É obvio que não podemos esperar nada muito diferente disto que está acontecendo. As alternâncias de poder causam isto nas pessoas. Qualquer um acha que se cabe ao cargo desejado. O poder, aqui ou em qualquer lugar gera este tipo de comportamento, que é a bajulação, a dissimulação, um ecossistema voltado para a sobrevivência de status. Na verdade, a história se repete em qualquer lugar, público ou privado, onde alguém manda. Vamos acrescentar, ainda, que a bajulação em grau extremo leva à intolerância com relação a quaisquer questões não é? É lamentável o que aconteceu na última reunião da Câmara, discussões, atos de balbúrdia, e infelizmente o que transparece para nós cidadãos, é que um quer “pisar na garganta” do outro para conseguir algum nome, cargo, salário, PODER. É minha gente! Os nossos representantes parecem não pensar e nem temer quaisquer consequências dos atos que vem tomando. E quando digo isso, não falo somente de vereadores, prefeitos e secretários públicos, falo também de nós, o POVO, falo das mãos que carregam eles ao tão sonhado PODER. Temos que dar nosso melhor no ato da escolha de quem vai nos representar, da escolha para quem vai presidir nossa cidade, pois senão, veremos novamente tapas, socos, decepções e tragédias, por quais motivos? Rixas políticas. Será que tem que esperar que mais uma morte aconteça para que todos parem e reflitam no que as más decisões são capazes de se transformar? Pois é isso mesmo, em tragédia. Isso, este tipo de tragédia, não acontece só em nossa cidade. Pessoas morrem todos os dias, pela sua própria ganância e pela sua sede. Deixo uma pergunta a todos: - É realmente isto que queremos para o futuro de nossa cidade, sabendo que o NOSSO futuro depende dela? É lamentável que encerremos nossas atividades sem nenhuma decisão propriamente tomada, batemos tanto, enfatizamos, criticamos... tudo na tentativa de que algo ou alguém das autoridades competentes (falo do executivo, legislativo e judiciário: todos juntos) fizessem ou tomassem alguma providência. Meu amigo sábio Geraldo Zuzu já dizia “se Roque e Terezinha carregassem Mariana no peito e tivessem amor por nossa cidade como se auto julgam, já teriam renunciado de seus cargos para que pudesse haver novas eleições!” Sábias palavras!!! O ano se encerra e com ele carregaremos a certeza de uma cidade morta, apagada, sem nenhum brilho próprio. Os problemas continuarão, só mudarão os donos e a saúde, educação, turismo... sempre naquela mesmice! Sem solução! Queria escrever um editorial parabenizando, enfatizando... mas obras inauguradas infelizmente não fazem a diferença em uma cidade, assim como alternância de governo não resolverá o problema da nossa histórica e tão querida Mariana.