Morte no Hospital Monsenhor Horta evidencia descaso de médico
Publicada 17 de Dezembro de 2010 - 09:35
Depois de procurar o HMH para uma cesária visto que a bolsa da paciente grávida, Rosilene Aparecida Gomes, havia estourado a mesma foi orientada pelo médico Chicão que sugeriu que a paciente procurasse a Previne ou a Policlínica para tomar os medicamentos necessários para conter as dores sentidas por ela.
Ao voltar para casa Rosilene continuou sentindo dores e segundo a sogra da mesma, Efigênia Marcelino Ferreira, começou a perder sangue “Quando eu cheguei em casa porque ela havia me pedido para que chamasse o SAMU o quarto era puro sangue ela agonizava de dor, então eu liguei para o SAMU que estava quebrado e não pôde nos atender, liguei para o Hospital e não tinha ambulância disponível aí apelei para Ouro Preto e graças a Deus fomos atendidos dentro de 15 minutos só que quando ela deu entrada no Hospital já direto para o bloco cirúrgico o médico que nos atendeu fez de tudo para que a criança nascesse com vida mas infelizmente não foi o que aconteceu”
Efigênia fala do pré-natal e do estado da criança as 10h da manhã quando Rosilene procurou o Hospital pela primeira vez “Ela fez todos os acompanhamentos que uma mulher grávida faz direitinho tenho todos os documentos o pré-natal tudo certinho, não tinha nada errado com a criança era um bebe que deveria nascer saudável, o coraçãozinho dela batia normalmente pela manhã . O médico que fez a cesariana tentou de tudo mas não conseguiu e para que ela não morresse teve que fazer a retirada do útero dela, além de tudo ela não vai mais poder ter filhos. É uma irresponsabilidade muito grande do Dr. Chicão e nós vamos procurar nossos direitos” finalizou.
Procurados por nossa equipe de Redação o HMH respondeu que:
“Segundo registros do prontuário eletrônico, a paciente Rosilene Aparecida Gomes deu entrada no Hospital Monsenhor Horta no dia 09-12 permanecendo em observação com pedido e avaliação de ultrassonografia que apresentava gestação de 35 semanas, volume líquido amniótico normal e feto com boa vitalidade e placenta normal.
Em seguida foi pedido exames laboratoriais ficando a paciente internada até as 08:49 do dia 10/12 que seguiu com a alta pela manhã. A paciente apresentava Batimento Cárdio Fetal 140 por minuto, Pressão Arterial 120/80 e condições estáveis sem apresentar nenhum sinal de trabalho de parto.
Após examinar a paciente, o Dr. Francisco Mourão, concedeu a alta após a avaliação do plantonista que o sucedeu, este último que fez as orientações pertinentes ao período final da gestação e em seguida a liberou em condições estáveis sem apresentar nenhum sinal de trabalho de parto ou rompimento de bolsa e em boas condições.
Ainda em nossos registros a paciente retornou às 18h ao HMH acompanhada pelo SAMU com sangramento aumentado e presença de coágulos, quando foi prontamente atendida, tendo em vista a gravidade de seu estado. No atendimento foram feitos todos os procedimentos pela equipe de enfermagem e equipe médica.
A paciente então foi encaminhada ao Centro Cirúrgico para realização a de cesariana de urgência, porém, o recém-nascido não sobreviveu aos sangramentos. Todas as medidas possíveis para que o parto obtivesse êxito foram tomadas.
Serviços de ambulância é de responsabilidade de município
O Monsenhor Horta ainda esclarece que a disponibilidade de ambulâncias é de responsabilidade única do município de Mariana, ficando o Hospital responsável pelo atendimento e não pelo deslocamento de pacientes. Nossa equipe está á disposição para demais esclarecimentos”