Com o desgaste atual no campo político, não podemos deixar esquecido o esporte amador que sempre teve grande marca na história da velha Capital de Minas. Se na vontade do povo não se mantém nos cargos o político realmente eleito, felizmente ainda não se acabou com a “LIGA ESPORTIVA DE MARIANA”, LEMA, iniciativa de desportistas desta terra, hoje marcada pelo sofrimento do fica ou não fica na administração pública. Iniciaram-se os trabalhos para criação na cidade de uma entidade no sentido de que fosse uma entidade máxima para melhorar o futebol de Mariana, com os campeonatos e torneios, unindo de forma perfeita toda sociedade. Estavam presentes representantes dos clubes Guarany, Marianense, Olimpic, Bandeirantes, Esporte Clube 29 de Junho e União Passagense. No dia 4 de Outubro do mesmo ano os desportistas começaram os trabalhos, pois eram os fundadores da LEMA. Nome este apresentado e aprovado por esse Triunvirato provisório. Francisco de Assis Santos não quis que o seu nome fosse citado como um dos desportistas como parte do Triunvirato que fez todo o trabalho até que se elegesse o primeiro presidente. Finalmente, todos os clubes foram convocados para eleição e posse do primeiro presidente, no dia 26 de dezembro, local que é hoje a Lataberna. Por unanimidade, foi eleito e empossado o Desportista Benjamim Lemos que, como presidente, posteriormente convidou o Secretário e Tesoureiro. O povo passa, mas a historia é eterna. Alguns dos fundadores já partiram, certamente deixando saudades. Em 1981 foi construída a sede da entidade pela Prefeitura Municipal de Mariana, no governo do Prefeito João Ramo Filho, que também doou o terreno em anexo. Mas o importante era a força de Mariana no Campeonato Municipal, os clubes lutavam juntamente com seus torcedores para ocuparem a liderança do campeonato da cidade. A cidade parava muito mais olhando ela mesmo, vivenciando a comunidade, unida em torno da disputa da verdade que estavam nos pés de grandes craques, como “Andre Corssini”, saudosa memória, e Mário Rocha, que em seu salão de Barbearia, tinha como que uma reunião diária para falar do futebol de Mariana. Como esquecer a dedicação pelo esporte do Pacheco, e tantos outros que praticamente seria impossível serem lembrados no momento, com estes três, fica nosso abraço a todos os atletas de Mariana, “do ontem e do hoje”. Que Mariana volte a vestir as camisas destes clubes, tornando possível ser vista como terra da educação, mostrando que o esporte sempre foi parte ativa da sociedade.
Antonio Freitas Neto