Projeto, de anexo e restauração da Câmara, causa polêmica em Mariana
Publicada 03 de Dezembro de 2010 - 07:55
Na reunião da Câmara do dia 04 de novembro, o promotor de justiça e coordenador do Patrimônio Cultural e Histórico de Minas Gerais, Marcos Paulo de Souza, foi convidado a participar da reunião, mas não pôde comparecer. O motivo do convite era esclarecer questões pertinentes ao Ministério Público sobre a construção do anexo administrativo e restauro do prédio histórico da Câmara.
Para Geraldo Sales (Bambu), o projeto seria uma forma de economia para a Câmara, pois abrigaria também os gabinetes dos vereadores. Para a vereadora Aída a viabilidade do anexo também irá gerar economia para o legislativo, pois hoje, a Câmara paga aluguel de dez gabinetes para que os vereadores possam atender a população
Segundo o diretor de Relações Públicas Geraldo Zuzu esse anexo será uma agressão ao patrimônio histórico. “Hoje, o mais lamentável na minha avaliação como diretor de relações públicas da Associação de Guia de Turismo do Brasil, é a Câmara dos vereadores como representante do povo propor um saguão ao lado da Câmara e que em minha opinião será uma agressão ao patrimônio histórico”. Geraldo não concorda que a obra deste anexo será uma benfeitoria para a cidade de Mariana. “Vi em um determinado veículo de comunicação, tanto o vereador Bambu quanto a vereadora Aída que a obra seria uma benfeitoria, uma valorização para o conjunto arquitetônico. Isto demonstra o quanto os vereadores desconhecem a história, assim como também um desconhecimento muito grande sobre o patrimônio histórico de Mariana”.
Ainda segundo Geraldo, a Câmara como o legislativo, jamais deve propor ou incentivar quaisquer tipos de descaracterizações, quando propõe um projeto desta magnitude esquecendo o valor arquitetônico de uma Praça como a Minas Gerais.
“Eu não acredito que o Dr. Marcos Paulo, que foi convocado por eles para esta reunião que houve na Câmara, assinaria embaixo tal descaracterização, assim também como não acredito que o ministério público, o promotor Antônio Carlos, como principal procurador desse patrimônio assinaria embaixo desta atrocidade”. Zuzu ainda ressalta que não é contra a revitalização, mas que é preciso que se pense mais antes de fazer essa obra, para que não descaracterize uma Praça que é considerada um dos mais belos conjuntos arquitetônicos de Minas Gerais assim como também da humanidade segundo Germain Bazin (ex-diretor do museu do Louvre em Paris).