O auditório do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG), não coube a plateia que foi à posse do empresário e intelectual, Roque Camêllo, no último dia 20, na cadeira 66, cuja patrona é a Princesa Isabel. O presidente do IHGMG, professor Jorge Lasmar, abriu a sessão dizendo da alegria de receber “alguém com o currículo de Roque Camêllo com tantos anos de serviços voluntários prestados a Mariana e a Minas Gerais cuja posse já era aguardada há vinte e cinco anos. É alguém que engrandece ainda mais a Casa de João Pinheiro. Embora, não fosse membro efetivo, Roque comparecia a sessões do Instituto a meu convite e dos que me precederam”. Mariana e Ouro Preto se fizeram presentes à solenidade. Além das comitivas, o coral Tom Maior, composto por adolescentes e presidido por Efraim Rocha, fez uma surpresa ao amigo, homenageando-o ao cantar o Hino Nacional. Encantou o público com outras músicas, sob a regência do Maestro Adeuzir Batista. Roque Camêllo falou sobre a Princesa Isabel, a REDENTORA. Mostrou a dignidade e importância daquela mulher do século XIX que, mesmo sabendo do risco de perder o Trono, não se curvou e libertou os milhares de escravos ao assinar a Lei Áurea, em 13 de maio de 1888.  Referiu-se Roque Camêllo à data da sua posse, 20 de novembro, que considerou “grande e feliz coincidência com a comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra”. Nesse mesmo dia, em 1695, foi assassinado Zumbi, líder máximo do Quilombo de Palmares e símbolo da resistência negra. “O Brasil é um país multifacial e deve entender isto como uma bênção, uma verdadeira graça. No entanto, não pode se estribar nisto para construir degraus de injustiça porque o ser humano tem o seu valor expresso na sua natureza humana e, não, na cor de sua pele”, afirmou Camêllo.