Está chegando a Janeiro de 2011 e a eleição indireta. A Câmara Municipal de Mariana decidirá quem será o novo prefeito do município até final de 2012. Uma série de especulações, mudanças de sonhos, transformou a realidade, história difícil de ser explicada. Os caminhos para a eleição na Câmara são idênticos aos das indiretas vivenciada num tempo de um Brasil passado. O sofrimento delimitou as vontades entre conquistas, desenvolvimento e liberdade. A cidade morreu, os dias são de descréditos.
Desde outubro de 2008, com a conseqüente decisão do TSE pela cassação do prefeito e posse da 2ª colocada, a Câmara passou ser marca da administração Pública em Mariana. Depois do presidente da Câmara assumir o Executivo, agora os partidos políticos passam a fazer parte do novo cenário ao apresentarem nomes de seus filiados para, indiretamente um deles entre os dez vereadores, ser escolhido o novo prefeito. Será uma cidade governada singularmente sem vice-prefeito o que configura regime duro.
Para ser candidato o político tem que ser escolhido pelo partido, mas neste em especial não existirá convenção. Com ou sem a chancela do partido serão candidatos entre si. A que regime pertence à política da primeira Capital Mineira? Democracia? Ditatorial? De interesses? Golpe Civil lembrando-nos l964. Não acontecerá escolha democrática. Acordos e desejos dos 10 (dez) vereadores irão indicar por maioria simples, qual dentre eles será o novo prefeito indireto. Passarão a ocupar o cargo para o qual não foram eleitos pelo voto direto do povo. Como são fáceis para alguns, apensas seis votos um vereador se tornará prefeito, ou 05 votos, uma abstenção, que vergonha consegue escrever em nossa historia. Um dentre eles irá ocupar um cargo para o qual não foi eleito através da verdadeira democracia.
Na verdade a atual prefeita encontra-se unicamente afastada do cargo, como disputam tanto os vereadores um golpe indireto para tornarem-se representantes de um cargo. Antes da eleição de 2008 e suas conseqüências, não havia previsão para eleição indireta no município, mas os interesses foram superiores passando a valer a supremacia ditatorial, onde poucos seriam os mandantes na vontade de um todo que é a comunidade marianense. Será aprovada a eleição na Câmara para destituir um regime democrático que deveria ser mostra na política de Mariana. Alteraram-se os dispositivos para instituir a linha sucessória do comando do Poder Executivo, incluindo eleição indireta, mesmo sem a vacância do cargo de prefeito, pois ainda não se julgou o mérito do afastamento da atual prefeita Terezinha Ramos, então como mostrar a vacância do cargo de prefeito e seu vice? Dúvidas no ar.
Pense melhor, saber analisar o comportamento atual será fundamental para escolhermos nossos representantes no amanhã. Os tempos passam, mas o direito sempre escreverá DIRETAMENTE a vontade de um povo que teve de calar diante dos fatos.