Lembranças de um tempo, mergulho na saudade Publicada 09 de Dezembro de 2010 - 07:32
Vejo, lá fora chove muito, estou aqui, com minhas lembranças, de um tempo, acredito que não mais voltará, é o passado, e ele só consegue reviver somente na memória. Grito para que ele não vá, por mais que os anos não cessem de passar, deixa-nos cada vez mais no fundo do baú da nossa vida. Recoloquei na lembrança um tempo que embalou os melhores momentos, ultrapassando com facilidade os mais difíceis, quando tudo parecia perdido renascia junto de nós Mariana, terra segura, marco de uma história que jamais se apagará.
Falam de um tempo em que éramos todos felizes, acreditava que não seriam jamais passageiros. Voltava à mente tentava relembrar nossos bate papos, na comunidade. Sentia que o mundo não era apenas nossa terra, mas traduzia sim as verdades mineiras. Era na mente o tempo que lutávamos para que a verdade perpetua-se engrandecendo o amor que envolvia nossas vidas. Surgia um misto de lembrança e saudade.
Era preciso acreditar, pois a nossa frente estava um caminho desconhecido, não sabíamos se encontraríamos “verdades ou interrogações”. Duvidava, mas agora posso crer que tudo passa e devemos aceitar como natural da vida, dando-nos por aprender que nada é para sempre. Jurava que a política de Mariana era eterna, incapaz de se dissipar, como a fumaça se dissipa no ar. Uma vez apagada, dificilmente voltará a brilhar com toda aquela intensidade. Por isso me fascino tanto. Este sentimento provoca um estado tão incrível, que sinto atravessar as mais difíceis barreiras em nome dele, reconquistar o ontem tão cheio de verdade.
Mesmo ele não mais voltando acabo por conformar com o que tenho dentro do coração, um amor de verdade jamais destruído. Em dados momentos diante de tantos absurdos nos tornamos frágeis, pois um simples “não” é capaz de fazer desmoronar toda fortaleza que existia. É bem isso que acontece com os lutam pela verdade absoluta. Entregam-se de corpo e alma.
Vão fundo, num mergulho de cabeça acabam como irresponsáveis porque não mediram as conseqüências dos próprios atos, morrendo em busca do bem que foi substituído pelos golpes da maldade. Se observarmos perto de nós está alguns daqueles capazes de encher um helicóptero com pétalas de rosas e jogá-las lá do alto para que todos vejam, mas logo em seguida entrega como pagamento um ato demolidor, capaz de subtrair meio às alegrias a esperança, coordenadora da verdade dos bons. Podemos equiparar como saltar sem pára-quedas, rumo ao infinito.
Por isso mesmo, o sentimento malicioso é perigoso, pois cega as pessoas, e as fazem praticar besteiras aquilo que racionalmente não faria. Nem tudo que nos encanta podemos crer, algo pode provocar tragédias. Existe o tempo da desilusão, aquele que nos coloca frente à solidão, para percebermos as falsidades. Creia unicamente na verdade, só ela traduz os sonhos de um passado, já que estes jamais serão novamente realidade. Lembranças, mergulho na saudade.
Antonio Freitas Neto.