Desde que foi implantado em Mariana o serviço de coleta de cães, todos os dias o Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura Municipal e o tele canil recebem ligações de pessoas solicitando a retirada de cães das ruas da cidade.
Ao chegarem ao canil os animais são separados por tamanho, sexo e idade, e após um período de quarentena recebem todos os tratamentos veterinários como vermifugação e vacina.
Infelizmente o número de adoções ainda é pequeno. Em muitos canis os animais que não conseguem um lar ou não são resgatados pelos donos acabam seguindo o mesmo destino, a morte.
“De acordo com o estatuto do canil, os cães para a eutanásia seria de 30 dias, mas nós aqui, sensibilizados e preocupados com o bem estar do animal, isso não ocorre. Nós ficamos com os animais até que eles sejam adotados”, garantiu diretor do canil, o ambientalista João Bosco Maciel. Segundo a legislação, o maltrato animal é crime tipificado no art. 32 da Lei Federal n. 9.605/98 - Lei dos Crimes Ambientais, que prevê pena de três meses a um ano de detenção. A Lei pune aquele que praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animal doméstico, domesticado, silvestre nativo ou silvestre exótico.
“O que acontece hoje nos canis, é um sacrifício de animais. A eutanásia é feita quando o animal está doente e o seu sofrimento irreversível. Então se opta por dar a ele uma morte digna para que ele não sofra mais. O que ocorre nos canis e centros de controle de zoonose não se pode chamar de eutanásia porque o animal que é recolhido que não chega a ser adotado, eles simplesmente é exterminado para acabar com o ciclo de abandono”.
“As pessoas têm que se conscientizar em não abandonar os seus animais. A partir do momento que a gente adota ou compra um animal, a gente estabelece o compromisso de uma vida”. Finaliza Maciel.