História do jornalismo no Brasil Publicada 01 de Outubro de 2010 - 16:45
História do Jornalismo no Brasil é, sem dúvida, vista como obra especial pela comunidade acadêmica de comunicação e, em geral, pelo público pensador de cultura. Importante e significativa sua atualização para a compreensão da evolução das idéias e a formação da vida civil em nosso País. No passado não tinha o jornalista credenciais do ofício de historiador, por este motivo às vezes pecavam, em seus trabalhos, e ocorria geralmente pelos textos materialmente desordenados, muitas vezes pela carência doutrinária, capaz de fornecer sustentação com metodologia. Mas mesmo assim alguns jornalistas conseguiram elaborar páginas coerentes com informativas da evolução da imprensa jornalística em nosso País.
Empregando ilustrações, este fato enriquece as obras. Assim, pesquisando, buscando a memória encontrará as que deixaram grande legado para o jornalismo, podemos salientar facilmente a evolução do trabalho jornalístico, até porque os pontos de vista empregados assemelham-se, são os da leitura política da vida jornalística. Enquanto alguns privilegiavam o período anterior à era Vargas, coerente com a situação hermenêutica em que redigiu sua investigação, agora é posta no período que se abre chegando o relato até a época de Lula. A consciência nos adverte, não causando em nenhum prejuízo, pois a temática, as grandes linhas evolutivas da imprensa brasileira estão consignadas nos trabalhos, que traduziram período por período. Claro o leitor pode percorrer todo este tempo e sairá seguro de que será bem informado dos momentos formadores da trajetória de nossa imprensa, das origens à atualidade.
A Velha República tem espaço um pouco maior, por ter assumido na época a imprensa, relevância política no Brasil. A razão não é tanto o maior espaço que lhe é concedido. O problema é a forma como tal é empregado, do ponto de vista da argumentação. A preocupação jornalística com a atualidade faz esquecer-se de matérias de grande cunho, tornando-a viciosa, na ordem historiográfica. Segundo entendimentos, o principal fator gira em torno da primazia conferida à abordagem externa, pois o brasileiro muito pouco sabe sobre a história de seu País. Deveria os professores, grandes mestres, aproveitarem a história da imprensa, para levar a seus alunos um conhecimento vasto narrado ao longo dos tempos pelos trabalhos jornalísticos. Saber qual o papel que tiveram os Jornais e como eles sofreram influência ou influenciaram os acontecimentos durante o segundo período Vargas ou a Ditadura militar, por exemplo, é sem dúvida essencial para entender a história.
O Jornalismo no Brasil peca, pois às vezes examinam o fenômeno no ambiente, sem, contudo abrir em um escrutínio mais íntimo, a realidade das redações e do processo de elaboração do meio impresso, as crenças institucionais, os critérios de recrutamento e seleção dos sujeitos, enfim, os pontos todos que, tomados em conjunto, definem as chamadas rotinas da atividade jornalística. O resultado disso tudo é o surgimento de certo viés interpretativo passível de questionamento material por parte do leitor mais crítico. Os autores, de fato, trabalham com a premissa de que a atividade jornalística é função da história política. Os esquemas textuais e organizacionais que marcaram as referências literárias e político-partidárias que ajudariam a entender melhor o Jornalismo em nosso meio, mas 1822 e 1945, muita coisa ficou distante. Ninguém pode contestar que, por mais de um século e meio, coube aos jornais o principal no tocante à formação e representação da opinião pública nacional.
Depois de 1960, os processos de inovação e os pontos de irradiação de influência sobre a imprensa brasileira. Os jornais não são apenas meros papeis contendo letras soltas, eles de fatos nossos grandes livros quiçá o diário do cidadão. Na vida Nacional, está presente, na política mostrando os Presidentes eleitos, suas posses, também narrando as mais diversas formas que deixaram o poder, alguns na morte como o Getulio Vargas, outros nas renuncias ou cassação, como á renuncia de Jânio Quadros, morte de Juscelino, “Diretas Já” com a eleição Tancredo Neves, e antes de sua posse a morte, Cassação de Fernando Collor, eleição e governo do operário Presidente Luiz Inácio “Lula”. Ao dizer da historia jornalística não poderíamos esquecer a do Jornal Ponto Final que está presente há 15 (quinze) anos, circulando levando as noticias, narrando novas páginas para o livro do saber.
Antonio Freitas Neto