O período eleitoral foi muito enriquecedor para fazermos observações sobre os “acordos, costuras e alianças” entre nossas lideranças políticas e, em sua maioria, seus candidatos “pára-quedistas”. Agora, passado o dia três (03) de outubro, começo a refletir sobre tais acordos, costuras e alianças. Vou ignorando os resultados, tenho tão somente a intenção de tentar expor (nunca entender!) o que acorreu em nossa querida Mariana.
Indo direto ao assunto. Muito se falou em Ficha Limpa, mas poucos ou quase nada foi levantado a respeito da FIDELIDADE PARTIDÁRIA. Aí, como diz o ditado popular, assistimos a uma verdadeira festa na “casa da mão Joana”. Vou apresentar, de forma gradual, alguns ilustres e memoráveis exemplos que tratam dessa insignificante questão. Terezinha Ramos (PTB) apoiou Walter Rodrigues e Dr. Mário Heringer (ambos do PDT). Ildeu Alves da Silva (presidente do PTB) manifestou-se em nota à imprensa exigindo fidelidade ao partido, mas por um “lapso de memória”, distribuiu um panfleto que continha o “santinho” de Saraiva Felipe (PMDB).
Volto a insistir: foi apenas um lapso de memória. O nobre vereador Geraldo Sales (Bambu), este sim do PDT apareceu (num outro panfleto) defendendo Reginaldo Lopes (PT). Alegação: “temos que pensar em alguém que vai ter a possibilidade de trazer benefícios para a cidade”. Reginaldo Lopes prometia trazer uma Escola Técnica Federal para Mariana. Outro, não menos nobre, vereador Bruno Mól (PSDB) veio com Pastor Vanderlei Miranda (PMDB). Justificável por também ser evangélico. O advogado Dr. Rodrigo Almeida (PP) defendeu Maria Lúcia Cardoso (PMDB). Neste caso, não podemos intervir em laços familiares.
Por fim vamos ao caso mais interessante, o da família Duarte. Juliano (nobre vereador, nunca devo esquecer-me disso) e seu irmão Duarte Filho (“Du”), ambos do PPS, distribuiu apoio para Paulo Abi-Ackel (PSDB) e Jayro Lessa (DEM), além de demonstrar grande “simpatia e apreço” por Hélio Costa (PMDB) e Dilma (PT). Bem diversificado suas preferenciais políticas e partidária. Fim dos memoráveis exemplos.
Pois bem, utilizando-me de uma expressão muito empregada entre os juristas brasileiros, todos eles (exemplos) levam a “existem de indícios de irregularidades”. Quem ira apurá-las? Essa é outra questão que não quero entra no mérito. Nada mais a declarar.
Darcy Pereira – Funcionário Público