[caption id="attachment_145" align="alignleft" width="251" caption="Vereadores discutem Projeto de Lei que dispõe sobre suplemento de 0% ao Executivo"][/caption] Pela primeira vez na história, desde o início da administração de Celso Cota, a Prefeitura de Mariana não terá liberdade para remanejar verbas públicas sem o consentimento dos vereadores. Na noite desta segunda-feira (24), a edilidade marianense aprovou, em única discussão e votação, o Projeto de Lei 35/2010 que dispõe sobre suplemento de 0% ao Executivo. Com os votos contrários de Juliano Duarte (PPS) e José Jarbas Ramos, Nego (PTB), a maioria dos vereadores afirmou compromisso de legislar com “rédeas curtas” as ações do governante interino, Raimundo Horta (PMDB), que é vereador e presidente da Câmara afastado, pois assume a condição de líder do Executivo temporariamente. Representando os vereadores que aprovaram o projeto, Aída Anacleto (PT) disse que está na hora da Casa de Leis assumir seu papel fiscalizador, já que nos anos anteriores os prefeitos tiveram mais liberdade para manusear o erário público. “Com a aprovação deste projeto queremos fiscalizar de perto as ações do Executivo. Vamos assumir de vez o nosso papel”, comentou a vereadora. Tomando postura independente na Câmara, o vereador Juliano Duarte lembrou que nos governos de Celso Cota e Roque Camello, ambos do PSDB, o suplemento era absurdo, mas justificou seu voto contrário aos 0%. “A Prefeitura de Mariana precisa de um mínimo de suplemento para manusear em caso de emergência. Seria a favor do projeto se tivesse pelo menos 5%”, comentou Juliano. Ainda segundo o vereador do PPS, nos anos anteriores, Celso teve 40% de suplemento, ou seja, pôde remanejar quase 50% do orçamento de Mariana sem o consentimento da Câmara. Já no primeiro ano de governo, Roque teve 25% de suplemento, mas a verba foi reajustada no segundo ano para 10%.