A siderurgia e a ferrovia uniram-se em Miguel Burnier para potencializar o desenvolvimento do Brasil. As riquezas minerais de Miguel Burnier e sua localidade atraíram grandes empreendimentos para o distrito, sendo hoje caracterizados como patrimônios históricos do nosso país.
A Estação Ferroviária de Miguel Burnier, inaugurada em 1887, e seus anexos, foram um dos maiores pontos de entroncamento da estrada de ferro no Brasil. Toda a construção de Belo Horizonte teve que desembarcar e embarcar em Miguel Burnier: personalidades, materiais e mão-de-obra de diversas origens.
O alto-forno da Usina Wigg iniciou suas atividades em 1893, sendo hoje considerado o maior sítio arqueológico da siderurgia em todo o mundo. A Usina Wigg, junto com a Estação Ferroviária de Miguel Burnier, foram os grandes responsáveis por alimentar o Brasil em suas necessidades siderúrgicas durante a 1ª Guerra Mundial, início do século XX, período em que o mundo se fechou na exportação de ferro.
O Templo do Sagrado Coração de Jesus, inaugurado em 1934, é uma das mais belas obras da arquitetura Cristã em nosso país. Teve como anexo o seminário Dom Orione, onde foram formados padres que hoje atuam por todo o Brasil. Patrimônios que se escondem na poeira do rico minério explorado há quase dois séculos no distrito de Miguel Burnier. Miguel Burnier, riqueza e história brasileira.
Marco Antônio de Almeida Costa