Será que tudo acabou, nada restou? Publicada 30 de Julho de 2010 - 08:29
Como dizer que tudo acabou! Não, a esperança renasce de mancinho. A credibilidade não podemos dizer que está na terra de uma história marcante. O nascer de um novo dia no trás a esperança, vida que tentaram roubar por um tempo. Agora não existem os beijos e abraços falsos, o entrelaçar de mãos muitas vezes suadas do trabalho pesado, marca fundamental do homem do campo, e dos garimpeiros que ainda acreditam no ouro através das bateias nas margens do Carmo. Não devemos esquecer-nos de lembrar que normalmente estes fatos citados acontecem nas épocas em que a politicagem fala alto. Os sorrisos, os juramentos são fatos unicamente de um tempo onde se busca o poder, glória que alguns querem, para fazer parte de um ego morto pelo seu próprio destino. Passado este tempo, os especialistas nas tramas da politicagem, não mais recordam dos semblantes, dos sorrisos ou das dores que puderam ver, mas esqueceram após a conquista. Concluímos que tudo passa a ser meramente demanda em busca do poder. Os rostos, sorrisos, tudo é passado, nada mais se lembram, foram fatos de um tempo que agora aos politiqueiros não mais interessa. Restou aos simples unicamente a solidão e a distancia “de uma falsa verdade” que ouviram por alguns meses. Venceram as eleições, daí por diante passam a gerenciar riquezas e desejos que o novo os entrega. Sorrateiramente, assim como chegam vão embora dos ambientes agora a eles indiferentes. Realmente falam do passado sem despedidas, sem dramas na partida, saem sem lágrimas escorridas mesmo vendo o grande sofrimento dos pobres que acreditando ajudaram a conquistar o poder. Dizer de amor, na realidade este nunca existiu, portanto não desgastou. Muitas foram às promessas quebradas, os sons da melodias tocadas nas campanhas não mais se ouvem. Tudo emudecerá, desapareceram os olhos nos olhos, corpos colados, meramente tatuados por uma falsa esperança, realmente todo acabou. Não mais ouvimos a voz. Acreditamos que ela também morreu no silêncio da despedida Hoje, o silêncio grita! Não mais te vejo! Sombras encobrem seu corpo, este que apresentou unicamente para emitir sons de sua voz prometendo cada vez mais. Covardemente até mesmo o sorriso debandou no último adeus. Lembras que nas épocas das campanhas que chorou, jurando ser vitima de golpes. Podemos perceber atualmente, nós sim, somos vítimas, consegues nos mostrar e provar através da distância entre o simples eleitor e o cargo que passou a nominar seu nome. Fostes, será que precisou de malas para levar sua bagagem? Acreditamos, que nem precisou, porque a dor que deixaste foi bem maior que sua carga, pois ficou com a comunidade a maior bagagem a do sofrimento. Será que sentes estar ainda parado diante de um descrédito político? Sentimos mesmo tudo ACABOU. Ainda hoje depois de muito tempo a dor persiste nos mostrando o que representa uma terra sem mando ou sem mandatário. Num passado não distante éramos esperança e felicidade, mas agora vivemos um período interrogativo. Só saudade resta a Mariana e a seu povo, o resto acabou. Acabaram os sonhos de muitos compromissados, findaram tantos projetos, mitos abandonados a mercê do nada. Em que momento a pessoa desiste de sua vida? De que maneira começa a procurar a saída? De um momento para o outro, parece que ouvíamos uma mesma voz que pregou propostas dizer: estou pronto, agora vou de partida. Sentias que nada mais lhe restava, notavas que seu mandato político terminava instante antes do tempo, nada mais restava mesmo sabendo que um povo ficaria a sofrer. Agora notamos que: vieste com grandes pretensões, mas foi-se embora levando a esperança do povo Marianense. Lembras de quantas palavras foram ditas e prescritas que se perderam deixando duvidas. Pois é, pense sempre, pensemos também.
Antonio Freitas Neto