O homem, de 56 anos, foi preso em flagrante nesta quarta-feira (25), pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), no distrito de Cláudio Manoel, em Mariana. O suspeito é acusado de desmatar o bioma Mata Atlântica. A prisão foi resultado de uma operação conjunta da PCMG com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), que arbitrou uma multa ao suspeito de R$ 25 mil, podendo chegar ou ultrapassar o valor de R$ 40 mil. Na ação, ainda foram apreendidos tratores e máquinas.
Ao todo, 450 metros de estrada irregular em uma Mata Atlântica estavam sendo construídos, havendo supressão de vegetação e desvio de curso d'água. Na ação, a Polícia Civil encontrou cerca de quatro homens trabalhando no local. Dois homens foram conduzidos em flagrante para a delegacia de Mariana; o primeiro considerado supervisor da obra e do maquinário, que foi ouvido e liberado após assinatura de termo de comparecimento ao Juizado Especial. E o segundo foi identificado como responsável pelo terreno e dono da mineradora que operava no local. Este último teve a fiança arbitrada em R$ 30 mil, porém, como não conseguiu pagar, foi encaminhado ao Sistema Prisional.
Durante a abordagem, o responsável pela mata não possuía e não apresentou a licença ambiental adequada para a realização da atividade de desmatamento, como explicou o Delegado responsável, Luiz Otavio Paulon. “Realizamos a abordagem e não foi nos apresentado nenhum tipo de licença ambiental. Conseguimos averiguar no local também, com a ajuda dos fiscais da Semad, que a área devastada é considerada área bioma de Mata Atlântica em estado avançado de conservação, com riqueza de flora e fauna. Iremos investigar agora outros possíveis crimes que possam ter ligação com os resultados desta nossa operação” concluiu.
O Diretor de Inteligência e Ações Especiais (DIAE) da Semad, Bruno Zuffo Janducci, chamou a atenção para os prejuízos ambientais decorrentes das infrações. "A destruição constatada pela nossa equipe impactou uma área de mata atlântica, bioma este que é protegido por lei federal. A restauração desta área desmatada é um processo muito lento e difícil de ser realizado. As autuações serão enviadas aos responsáveis, que têm obrigação legal de recuperar os danos causados", afirmou.