O vereador Bruno Mól (PMDB) não poupou críticas ao prefeito Duarte Júnior (PPS) na reunião ordinária da Câmara de Mariana desta semana, ocorrida na última segunda-feira (28). O vereador acusou o chefe do Executivo de se contradizer e voltou a pedir gestão na cidade.
“Recebemos um áudio do prefeito desmentindo os vereadores”, disse Bruno, em referência à informação extraoficial que foi levada à Casa na reunião ordinária da semana anterior, de que a Ambev havia desistido de se instalar em Mariana. A informação gerou rebuliço entre os parlamentares e motivou críticas à Prefeitura.
No áudio que circulou através do WhatsApp pela cidade, Duarte chamou de “futriqueiros” os vereadores que estariam supostamente levando notícias falsas ao plenário. Mól rebateu dizendo que, em entrevista recente ao jornalista Fernando Gabeira, da Globo News, o prefeito reconheceu que duas empresas não se instalaram na cidade por conta de energia. “É uma contradição duvidosa. No mínimo, desconhecimento”, criticou.
O vereador manteve seu discurso e pediu profissionalismo na cidade. “Será que ele [Duarte] não previu, não olhou se havia energia e local para receber as empresas? Que equipe de governo é essa?”, disse. “Mariana não se precaveu em relação a isso. Lamentamos a falta de organização, de gestão”, disparou Mól, acusando a atual administração municipal de ser amadora.
Procurada pelo Ponto Final, a Prefeitura negou que a Ambev ou qualquer outro empreendimento procurou a administração municipal mostrando interesse em construir uma sede no município. “O que, de fato, existe é um fundo equalizador proveniente da Fundação Renova para ser um atrativo a mais para alguma empresa se alocar em Mariana”, alega. Ela também afirma que “boas empresas” estão tentando vir para Mariana, mas que isso está sendo tratado pelo governo estadual junto à Fundação Renova.
Frente às críticas do vereador, o Executivo afirma que tem se movimentado para receber empresas de fora. “O município já colocou à disposição qualquer terreno que seja necessário ou algo que seja de obrigação municipal para que Mariana consiga diminuir a sua dependência minerária”, afirma.