A Câmara de Mariana vai aderir ao movimento nacional contra as reformas e trabalhista e da Previdência, que tramita no Congresso Nacional. Em apoio a greve geral convocada para sexta-feira (28), os vereadores decretaram ponto facultativo para os servidores do legislativo.
O decreto é assinado pelo presidente da Câmara, Fernando Sampaio (PRB) que justificou a portaria na sessão desta segunda-feira (24). "Foi um ato de consenso de todos os vereadores em paralisar na sexta-feira, dia 28, por ser considerado o dia da luta dos trabalhadores contra as reformas trabalhistas e previdenciária. Esta Casa de Leis adere ao movimento nacional", disse o presidente da Câmara.
A mobilização de 28 de abril organizada por centrais sindicais, trabalhadores de diversas categorias, estudantes e movimentos sociais pretende promover um grande dia de paralisações e protestos contra as reformas da Previdência, Trabalhista, e o Projeto de Lei das terceirizações enviadas ao Congresso.
Em Mariana, o ato público acontece nesta sexta-feira (28), a partir das 9 horas, com concentração na Praça Minas Gerais. Os movimentos sociais, central sindical e trabalhadores tentam barrar as reformas previdenciárias e trabalhistas propostas pelo Governo Federal.
"As reformas da maneira como estão sendo propostas penaliza a nós, trabalhadores. É necessário equilibrar as contas públicas, fazer gestão responsável da Previdência, e torná-la sustentável, precisamos de uma legislação trabalhista moderna, mas não pode ser feita reforma a força. É preciso achar outro caminho que não penalize tanto a população", disse o vice-presidente da Câmara, Deyvson Ribeiro (SD).
Entre as medidas propostas pela reforma da Previdência está a que estabelece idade mínima de 65 anos para aposentadoria e fixa o tempo mínimo de contribuição em 25 anos. Contribuindo pelo período mínimo, o trabalhador teria direito a uma aposentadoria no valor de 76% de seu salário médio. A cada ano de trabalho adicional, faria jus a mais 1 ponto percentual. Dessa forma, para se aposentar com 100% do benefício, seria preciso trabalhar 49 anos.
A proposta tramita na Câmara dos Deputados e já recebeu mais de 140 emendas.
A reforma da Previdência é justificada pelo governo federal como uma necessidade diante do déficit que o sistema enfrenta. Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, as despesas com benefícios previdenciários estão crescendo de forma insustentável.