Vereadores de Mariana aprovaram a abertura de uma sindicância para apurar o desvio de tubulação de água no distrito de Cachoeira do Brumado. A denúncia chegou a Câmara na sessão ordinária desta segunda-feira (20). Na Tribuna Livre, o morador do distrito Sebastião Antunes de Oliveira fez a acusação em relação à tubulação de abastecimento de água que, segundo ele, foi desviada. desviada.
A sindicância será composta pelos vereadores Tenente Freitas (PHS), Marcelo Macedo (PSDB), Zezé de Nego (PTB) e Bambu (PDT).
Além da denúncia, o morador de Cachoeira do Brumado trouxe para o debate a situação do conhecido Buraco do Juá. De acordo com ele, o cenário do abastecimento de água no distrito é um problema antigo e todas as medidas tomadas até então pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Mariana (SAAE) não foram suficientes para sanar a questão. A água chega às casas dos marianenses muitas vezes com terra, turva e de coloração amarelada, segundo Sebastião, “a água é imprópria pra consumo (...) tenho que vir em Mariana até pra lavar roupa”, afirma o morador.
Sobre a situação do Buraco do Juá, o diretor executivo do SAAE, Dário Vitolo, afirmou que a autarquia está estudando um projeto para corrigir definitivamente a falha na região e que poderá ser executado em um prazo aproximado de seis meses.
Os desafios enfrentados pelos cidadãos em relação ao transporte público também foram tema de debate na Câmara. As discussões foram iniciadas na parte da manhã, às 10h, na reunião de Comissões. Os vereadores receberam o secretário de Defesa Social, Tenente Braz, e vários condutores de veículos que esperam pela regulamentação do táxi-lotação na cidade.
Na reunião ordinária, a presidente da Associação Comunitária Passagense, Patrícia Simões, utilizou a Tribuna Livre para questionar o corte de horários de ônibus e para reclamar do serviço que a Transcotta presta no distrito de Passagem de Mariana. Ela fez diversas denúncias que testemunham a má qualidade do transporte público, entre eles, o suposto descumprimento da rota estabelecida para a linha, o corte de horários e o desprezo com os passageiros idosos, que têm o direito de não pagar a própria passagem.
De acordo com a presidente da associação, a Transcotta justifica ter suspendido cinco horários (06:20 07:10 07:50 17:20 e 18:10) devido a baixa demanda da linha Passagem-Mariana. “A empresa presta um serviço público, não pode visar apenas o lucro, precisa priorizar o direito do cidadão de um transporte coletivo de qualidade”, ressalta Patrícia.
O consultor do grupo Trancotta, Carlos Mendes, apresentou a posição da empresa e informou que a fiscalização de horários, rota e condições dos ônibus circulantes nesse trecho são de responsabilidade da prefeitura e toda reclamação deve ser encaminhada ao poder público. Patrícia Simões convidou os vereadores para uma reunião que acontecerá nessa quarta-feira, dia 22, às 19h, no Centro Comunitário em Passagem de Mariana, com a presença da associação, moradores e também representantes da empresa Transcotta.
O presidente da Câmara, Fernando Sampaio, solicitou que a empresa não tome nenhuma atitude antes de debater as demandas com os moradores. Fernando pediu que os horários sejam mantidos até essa quarta-feira, quando a comunidade poderá apresentar suas considerações e buscar, juntos, a solução.