Com a crise no sistema carcerário nacional e a “onda” de rebeliões pelo país, a direção do presídio de Mariana decidiu reforçar o esquema de segurança. Instalada na área central da cidade, a cadeia atualmente passa por reforma.
“Medidas de reforço na segurança estão sendo tomadas de forma preventiva, como a construção do muro frontal, instalação de guaritas e de canil, construção de nova cela, e aquisição de sistema de vídeo monitoramento com câmeras em resolução HD, revitalização da iluminação, entre outras”, adiantou o diretor do Sistema Penitenciário de Mariana, Dr. Antônio de Pádua Pataro.
Com capacidade de abrigar 108 detentos, o presídio atualmente está com “lotação acima da capacidade”, segundo o diretor. “Contudo, nada alarmante”, afirma. “A periculosidade dos custodiados é considerada média, em sua maioria, composta por condenados por tráfico ilícito de entorpecentes, ou crimes como furtos e roubos ligados ao uso e consumo de drogas”, conclui Pataro.
Hoje temos superlotação no presídio de Mariana?
Como se observa em todo o Brasil, o presídio de Mariana não seria diferente. Temos uma lotação acima da capacidade de vagas. Contudo, nada alarmante. Ademais, medidas de reforço na segurança estrutural do presídio estão sendo tomadas como forma preventiva, tais como: construção do muro frontal, ampliação do muro traseiro, construção de guaritas, construção de novo canil, construção de nova cela, aquisição de sistema de vídeomonitoramento com câmeras em resolução HD, revitalização da iluminação, entre outras.
Qual o número atual de presos e a capacidade máxima da cadeia?
A capacidade está pouco acima das 108 vagas existentes. Com a construção de nova cela, a capacidade passará para 116 presos.
O presídio de Mariana está no local ideal? Há projetos para mudanças?
Obviamente que o local ideal não seria centro urbano. Entretanto, por ter sido instalado o presídio na antiga delegacia, o estabelecimento prisional permaneceu no centro. A Prefeitura de Mariana desapropriou um terreno na zona rural do município para construção de um presídio. Mas, devido a crise financeira que o estado enfrenta, a curto prazo não haverá a desativação do atual presídio do Centro.
Que tipo de presos temos e qual a sua periculosidade?
A periculosidade dos custodiados de Mariana é considerada média, segundo o levantamento do setor de inteligência. Em sua maioria, a massa carcerária é composta por condenados por tráfico ilícito de entorpecentes, ou crimes como furtos e roubos ligados ao uso e consumo de drogas.
Qual a avaliação que o senhor faz das atuais instalações?
Desde a chegada da nova diretoria, no final de setembro de 2016, o presídio passa por grande reforma para reforçar a segurança das instalações. Atualmente o estabelecimento penal encontra-se sob controle.
O atendimento ficou mais humanizado?
A maior preocupação da atual direção e fomentada pela política estadual para o sistema prisional é o atendimento com observação aos direitos humanos. Inúmeros projetos foram implantados no presídio. Os presos fazem artesanato, participam de atividades culturais, atendimentos religiosos, acompanhamento jurídico, psicológico e de saúde. Toda a atenção necessária é dada à pessoa privada de liberdade que cumpre pena em Mariana.
PERFIL - Conheça a nova direção
Antônio de Pádua Pataro Dutra Júnior é o atual diretor geral do presídio de Mariana. Graduado em Direito e pós-graduando em Direito Processual Penal, é agente penitenciário de carreira. Assumiu a direção do presídio em 27 de setembro de 2016. Anteriormente, foi diretor adjunto do presídio de Itabirito, ex-comandante da Guarda Municipal de Itabirito e ex-chefe de divisão de segurança da Prefeitura de Itabirito. Possui experiência de mais de 10 anos em segurança pública.