Miriã Bonifácio
Mariana/MG
Marciele Delduque, (34), esteticista, empreendedora, moradora do bairro Cabanas em Mariana, foi escolhida pela Cufa (Central Única das favelas) para presidência do estado de Minas Gerais.
A ONG representada por ela na cidade de Mariana foi fundada por Celso Athayde, em Madureira, no Rio de Janeiro. Hoje, existente em diversas localidades do Brasil, a Cufa lançou esta semana em Nova Iorque seu escritório global que irá interagir com mais de 16 representações.
A semana Global da Cufa teve como objetivo criar uma interação entre diversas favelas do planeta. Onde foi homenageada e legitimada pela ONU por suas ações sociais.
O objetivo da Cufa é oferecer um espaço de transformação social e possibilidades para os moradores de favela e periferia. Assim, dos dias 12 a 18 de setembro, membros da entidade puderam participar do lançamento global nos bairros Harlem, Queens e Bronx em busca de relacionar-se com o mundo.
Diante disso, Marciele contou ao Ponto Final quais foram as principais questões debatidas durante o encontro e como foi sua participação.
Experiência
Segundo ela, é uma emoção ímpar participar de um encontro como esse, com chances de compartilhar experiências e entender a importância que a Cufa representa para o mundo.
Foram diversas apresentações de atividades desenvolvidas nas favelas, tais como, o grafite e o Hip Hop, além de discussões acerca do protagonismo que os moradores de favela passam a ter através da entidade.
Marciele que desenvolve trabalhos sociais dentro de Mariana, busca parceiros e investidores para instituir uma unidade da Cufa na cidade. Para ela, o município têm condições de realizar trabalhos como esses e expandir as ações para promover debates, intervenções artístico-culturais e tantas outras formas de lidar com o preconceito social.
Representação
Sobre a presidência do estado de Minas, ela nos contou que tomou posse simbolicamente, substituindo o também mineiro Francislei, que tomou posse da presidência nacional. A cerimonia de posse oficial acontecerá na primeira semana de novembro em Belo Horizonte.
Assim, Marciele declarou estar anestesiada por tudo o que o encontro a proporcionou em tão pouco tempo de participação. Ainda, afirmou ser um privilégio e uma emoção muito grande representar uma ONG que vem fazendo diferença no Brasil com a execução de um trabalho de excelência.
A marianense, que entrou na Cufa por interesse próprio e curiosidade, aguarda as respostas sobre a instituição de uma sede da ONG no bairro onde mora. E espera continuar desenvolvendo ações em Minas, no Brasil e agora no mundo inteiro.