Flávio Ribeiro
Mariana/MG
Os vereadores de Mariana votaram na noite da última segunda (24) pela aprovação do corte do vale-alimentação para o funcionalismo da prefeitura. De autoria do próprio governo municipal, o projeto foi objeto de longa discussão na pauta parlamentar e enfrentou resistência do vereador José Jarbas (PTB), da oposição.
Sem a companhia dos colegas de bancada, Jarbas remou, mas acabou naufragando ao se deparar com a unânime posição dos vereadores, que decidiram por aprovar o corte no vale-alimentação para funcionários que ganham acima de R$ 4 mil.
De acordo com a proposta, ao eliminar o gasto com o auxílio a prefeitura da cidade diminui suas despesas com a folha de pagamento, que possui oneração de 44% atualmente. Além de aumentar as chances de manter empregos no prédio do Executivo.
Críticas
Para o petebista Jarbas, o corte do auxílio-alimentação do funcionalismo público é um “absurdo”. Segundo ele, o Executivo deveria realizar os ajustes com foco nos gastos com a cooperativa de transportes e os alugueis de imóveis da prefeitura.
Enquanto um parlamentar usou como mote as críticas, outros três largaram em defesa dos novos arranjos.
Os vereadores Fernando Sampaio (PRB) e Raimundo Horta (PMDB) citaram que outras cidades, como Itabirito e Ouro Preto, também estão passando por ajustes por conta da crise. “[Essa mudança] é para tentar garantir os empregos que estão lá hoje”, disse Sampaio, que também alegou que a Lei de Responsabilidade Fiscal está sendo levada em consideração ao conter os gastos no município.
Raimundo Horta considerou a situação econômica como “atípica” e fez duras críticas ao parlamentar Jarbas. Horta questionou como o oposicionista pretende se candidatar a prefeito trazendo certos posicionamentos para o plenário.
Junto aos dados empenhados em uma folha, Juliano Duarte (PPS) acrescentou que criticar seria muito fácil, mas que a administração atual já exonerou 80 cargos de confiança, diminuiu de 25 a 30% os alugueis do governo municipal, cortou cargos dentro do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) e finalizou com “se a carapuça serviu” para Jarbas, que pediu respeito do parlamentar.