Flávio Ribeiro
Mariana/MG
O que era para ser uma prestação de contas sobre as finanças deixadas por Celso Cota (PSDB), se tornou em uma confusão de ideias para os moradores e a imprensa que estavam na Câmara de Mariana na última segunda (17).
Após ser convocada por vereadores, uma equipe da Prefeitura tentou apresentar os dados sobre a arrecadação e despesas do governo passado, mas as informações não foram suficientes para responder as perguntas do Legislativo.
A ideia, segundo o parlamentar José Jarbas (PTB), era para que as secretarias de Planejamento e Fazenda revelassem os números em uma linguagem simples e objetiva, mas não foi bem assim que ocorreu.
Sem responder diretamente às perguntas, como a de quanto Celso Cota deixou disponível no caixa para o atual prefeito, Duarte Júnior (PPS), os presentes demoraram a entender as contas.
Segundo o secretário de Planejamento e Gestão, Danilo Brito, em um saldo de R$ 16,9 milhões restantes, aproximadamente R$ 12 milhões deles já estavam reservados para pagar outras despesas. Sendo assim, o superávit seria em torno de apenas R$ 4 milhões, segundo os dados apresentados.
Arrecadação
Para Brito, a análise das informações é mais “complexa” e não há como definir os números de maneira exata, pois o exercício financeiro se encerra em dezembro e nesse período o caixa pode alterar. O secretario alegou também que a diminuição dos repasses da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração dos Recursos Minerais) possui culpa na queda da arrecadação.
Defendido pelas gestões de Duarte Júnior e Celso Cota como um dos principais problemas na administração de Mariana, a cidade estava gastando mais do que arrecada.
Segundo os dados dos quais o Ponto Final teve acesso, a arrecadação da CFEM caiu cerca de R$ 8,09 milhões em um mesmo período. Em junho de 2014 o município arrecadou R$ 13,52 milhões, já no mesmo mês em 2015 esse número baixou para R$ 5,43 milhões.
Outro lado
Ao Ponto Final, o Executivo afirmou que as informações foram pedidas pela Câmara apenas a nível geral, e que “várias outras demandas de informações foram surgindo durante a condução da apresentação dos dados em plenário, ao qual foi informado pelo Legislativo que informações complementares e mais objetivas serão enviadas ao Executivo.”
Ainda de acordo com a administração, cerca de R$ 7 mi, de R$ 24 milhões estavam destinados para obrigações financeiras, como restos a pagar .