Flávio Ribeiro
Mariana/MG
Sem respostas para solicitações feitas pela Câmara aos órgãos ligados ao Executivo e empresas prestadoras de serviços, os vereadores da Câmara de Mariana cobraram mais atenção para o Legislativo da cidade. Ao relembrar que o consórcio responsável pela iluminação pública de Mariana não corresponde aos questionamentos dos parlamentares, o vereador José Jarbas (PTB) relatou que o plenário estava “parecendo um boteco”, por conta da falta de seriedade dos órgãos.
O aborrecimento dos vereadores da situação e oposição se ampliou pois, dos dois últimos ofícios que solicitavam comparecimento ao plenário para explicações à comunidade, sendo um deles para o Cimvalpi (Consórcio Intermunicipal Multisetorial do Vale do Piranga), nenhum foi correspondido.
De acordo com a maioria dos parlamentares, eles querem uma resposta sobre a demora na manutenção da iluminação pública no município. Os atrasos estariam motivando os moradores a se queixaram nos gabinetes dos políticos, a fim de encontrar soluções para os postes apagados.
Conversas
Responsável por trazer o assunto à tona na reunião da última segunda (08), o aliado ao governo municipal Bruno Mól (PSDB) afirmou estar próximo ao Executivo e que “o departamento de elétrica está também recebendo essas demandas e repassando para a empresa, que é de responsabilidade do consórcio”. Ainda segundo Mól, em conversas com a Câmara de Ouro Preto, foi informado que a falta de transparência do Cimvalpi se repete no município ouro-pretano.
Para Juliano Duarte (PPS), existe falta de respeito com o corpo Legislativo de Mariana. “Há quatro reuniões eu apresentei um requerimento convidando o responsável para vir, mas infelizmente não compareceu e nem resposta à Câmara mandou”, lamentou.
Boteco
Junto ao posicionamento crítico, o petebista José Jarbas ironizou a maneira como a empresa está lidando com o assunto e questionou sobre qual cidade gerenciada com o apoio do consórcio deverá ficar às escuras primeiro.
“Que a pessoa venha representando o consórcio, porque isso está parecendo boteco. Porque ele não mandou ninguém vir à essa Casa para resolver”, criticou Jarbas.
A partir de agora, os vereadores pretendem convocar o Cimvalpi novamente para tentar abrir diálogo com o órgão.
A redação do Ponto Final tentou entrar em contato com a direção do consórcio, mas não obteve êxito até fechamento da reportagem.