Flávio Ribeiro
Mariana/MG
Os vereadores de Mariana pretendem propor uma taxa maior de ocupação para impedir a realização da Fenacouro na cidade. A proposta, citada por Juliano Duarte (PPS) e acatada por grande parte da bancada de oposição e situação, teria o objetivo de impedir possível lesão aos comerciantes locais.
Realizada anualmente, a feira de couro e malhas itinerante voltou a ser o alvo dos representantes políticos de Mariana. Para Fernando Sampaio (PRB), quando a Fenacouro se instala na cidade os comerciantes “deixam de vender muitas coisas”. Sampaio ainda criticou a vinda da feira em épocas comemorativas que aquecem o setor, como o Dia das Mães. “Vai me desculpar, mas é lesão ao comércio local”, condenou ele.
O vereador do PROS, Geraldo Sales, foi mais além e afirmou que o município deveria caçar o alvará de funcionamento de loteamentos que cedessem espaço para a Fenacouro.
Classificada como “forasteira” pelo parlamentar Pedro do Eldorado (PR), a feira “irá pensar duas vezes antes de vir para cá”, segundo o pensamento de Juliano Duarte, que propôs aumentar as taxas para a realização de eventos como esse na cidade.
Recentemente, a Fenacouro entrou com um mandado de segurança na justiça para que a feira pudesse ser instalada no município. O juiz responsável pelo caso aceitou o pedido, sob alegação de que não havia motivos para impedimento.
Procurada pela redação do Ponto Final, a empresa sediada em Contagem não respondeu os questionamentos até o fechamento da reportagem.
Após o último dia de comercialização em Mariana, na próxima quarta-feira (06), a feira com calendário de inverno seguirá para outras cidades nos Estados de Minas, Bahia e Rio de Janeiro.