Sensibilizado e inspirado pelas tragédias, Roberto Sussuca registra e expressa os acontecimentos por meio da sua arte, com liberdade e criatividade, abordando o tema de maneira impactante, ressaltando os resultados da interação entre a atividade da mineração e a vida humana no seu entorno. A Instalação LAMA apresenta um conjunto de aproximadamente 50 obras, entre pinturas, esculturas e objetos.
Na Instalação LAMA, as obras criadas ilustram cenas que ficaram amplamente conhecidas do público pela cobertura da mídia. Assim, retratam os fatos ocorridos em Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, distritos de Mariana atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em 5 de novembro de 2015, como também os de Brumadinho, com a ruptura da barragem da mina do Córrego do Feijão, em 25 de janeiro de 2019.
O artista conta que idealizou esse trabalho há cerca de um ano, quando experimentava a produção de tintas resultantes de pigmentos naturais. O material-base da pigmentação utilizada é oriundo da limonita, um minério de composição variada, resultado basicamente da mistura de hidróxido de ferro, nesse caso retirado de áreas de garimpo de topázio imperial. A partir das tonalidades e texturas dessa rocha, começou a criar obras que representavam as minas. A partir daí, criou o conceito da instalação.
Roberto Sussuca é considerado um artista experimentalista. Desde a juventude dedica sua vida à arte, expressa através de desenhos, pinturas, gravuras e esculturas. Foi um dos primeiros artistas a fazer instalações em Minas Gerais, nos anos de 1970 e 1980.
A Instalação LAMA será inaugurada em 4 de outubro de 2019, sexta-feira, às 20h. A mostra permanecerá aberta ao público até o dia 10 de novembro de 2019. Entrada franca.
*********
Evento: Instalação LAMA
Autor: Roberto Sussuca
Local: Casa dos Contos – Rua São José, 12, Centro, Ouro Preto/MG
Abertura: 4 de outubro de 2019, Sexta-feira, 20h
Visitação: 5 de outubro a 10 de novembro de 2019. Segundas: 14h às 18h | Terça a domingo, e feriados: 10h às 18h. Entrada franca.
Pesquisa e redação original: Ana Paula Martins, jornalista
Revisão e redação final: Celina Santos Barboza, museóloga