Com informações: O Tempo.
Foram vários capítulos dramáticos, épicos e gloriosos, que poderiam ser contados em forma de rapsódias ou entoados como cânticos eternizados pelos bardos. A trajetória do Atlético nesta Copa do Brasil renderia livros, pergaminhos, epopeias, filmes, revistas, peças de teatro. E o lema “Aqui é Galo” será proliferado pelos quatro cantos do país por muito tempo.
Após derrubar os antigos carrascos Palmeiras, Corinthians e Flamengo, de forma espetacular, faltava superar o arquirrival para abocanhar mais uma inédita taça para sua extensa galeria de troféus. Missão dada, missão cumprida. Carimbado o passaporte para mais uma Libertadores. Carimbada a faixa de campeão brasileiro do Cruzeiro.
Depois de vencer a Raposa no Independência, no primeiro duelo da final do torneio, por 2 a 0, o Galo foi para o Mineirão, na noite dessa quarta-feira, com sangue nos olhos. E teve gana e raça para bater novamente o time celeste, que buscava o pentacampeonato da competição e a segunda Tríplice Coroa de sua história.
Além do triunfo por 1 a 0, com gol de Tardelli e o título, o deleite por terminar o ano invicto diante do Cruzeiro – foram quatro vitórias e três empates. Com isto, aumentou para oito o número de partidas sem perder para o rival.
O Atlético encerra a temporada de forma estupenda, após um primeiro semestre insosso. A garra que a Massa tanto exige voltou a fazer parte de cada um dos vingadores alvinegros. O objetivo de conquistar uma vaga na próxima Libertadores foi atingido.
E que melhor forma que de fechar chave de ouro um dos períodos mais gloriosos – senão o mais glorioso – do Atlético? A era Alexandre Kalil se encerra com seis títulos em seis anos, ou seja, um por temporada – Libertadores de 2013, Recopa Sul-Americana de 2014, Copa do Brasil de 2014, e Mineiro de 2010, 2012 e 2013.
Ao Cruzeiro, fica a tristeza de perder para seu maior rival na primeira decisão envolvendo os dois maiores clubes de Minas em um torneio nacional. Logicamente, era esperado um futebol de qualidade por parte da Raposa, apática nos dois confrontos da tão esperada decisão entre as agremiações. Porém, a maioria da torcida estrelada está feliz por um 2014 brilhante dos celestes, campeões mineiros e brasileiros.
Agora, é hora de as diretorias de Atlético e Cruzeiro trabalharem forte nos bastidores para manterem os principais jogadores e reforçarem ainda mais os dois melhores times do país para a próxima temporada. E que novos feitos de Raposa e Galo voltem a fazer a festa em Minas em 2015.