Conhecido com o aplicativo febre do momento , o TikTok está banindo usuários que têm postado conteúdos proibidos por meio da publicação de vídeos pornográficos e violentos como imagens de perfil.
A BBC News alertou o aplicativo sobre a febre “não pesquise isso”, que se espalha pelo TikTok e já acumula quase 50 milhões de visualizações.
A empresa baniu as hashtags usadas para promover perfis com conteúdos ofensivos e está excluindo os vídeos impróprios. Usuários ouvidos pela reportagem dizem que a tendência tem incentivado perfis a postarem os materiais mais ofensivos e nojentos que puderem encontrar. A BBC News viu, por exemplo, clipes de pornografia pesada aparecendo como imagens de perfil no aplicativo, bem como um vídeo do grupo autodenominado Estado Islâmico que mostra o assassinato do piloto jordaniano Muadh al-Kasasbeh, que foi queimado até a morte em uma espécie de gaiola em 2015.
Um adolecente da Alemanha que foi o primeiro a entrar em contato com a BBC para falar do assunto, disse que encontrou diversos vídeos mostrando sangue e atos pornográficos. A BBC News identificou publicações do tipo em ingês e espanhol.
As contas ofensivas costumam ser nomeadas com uma mistura aleatória de caracteres e palavras e não têm vídeos reais do TikTok em suas páginas, exceto dentro da caixa de imagem de perfil. Algumas dessas contas têm dezenas de milhares de seguidores que ficam esperando que a imagem do perfil seja alterada para algo ainda mais chocante. Os usuários comuns conseguem encontrar essas contas assistindo a vídeos que anunciam nomes de usuário que as pessoas “não deveriam pesquisar” para encontrar conteúdos chocantes.
E o problema vai além: esses vídeos estão sendo recomendados pelo algoritmo do TikTok na página “Para Você”, que indica conteúdos de acordo com os gostos do usuário. Especialistas dizem que a tendência é única e revela uma vulnerabilidade desconhecida no TikTok. “Claramente, o TikTok está trabalhando para interromper essa tendência – mas, para os usuários, como sempre, a vigilância é a chave.”