De um lado, um clube gigante, centenário, com dezenas de grandes conquistas, inclusive internacionais. De outro, uma equipe que não tem nem um ano de vida, ainda busca seu lugar ao sol no mundo da bola, mas quer continuar surpreendendo. Resumidamente, assim pode ser sintetizado o duelo desta quarta-feira (16) entre Tuntum e Cruzeiro, às 20h30, no estádio Rafael Seabra, em Tuntum, interior do Maranhão, pela segunda fase da Copa do Brasil.
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Mesmo com o Cruzeiro vivendo a maior crise financeira de sua história, em termos de infraestrutura e folha salarial é impossível comparar as duas equipes. Mas, no “11 contra 11”, a Copa do Brasil já nos deu mostras várias vezes de que ‘abismos’ como estes podem não significar muita coisa quando a bola rola no gramado. Por isso mesmo, o discurso no Cruzeiro é de humildade e respeito total ao adversário.
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Até mesmo pelo fato de equipes apontadas como favoritas, como Grêmio, Inter, Vasco, por exemplo, já terem sido eliminadas da atual edição da competição por adversários menos tradicionais, o volante Willian Oliveira, titular absoluto de Pezzolano, diz com qual espírito a Raposa entrará em campo.
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“Cada jogo tem sua história. Não existe mais time fraco. Sem contar que todo mundo entra ali para defender o seu pão de cada dia, pra defender o seu. O que se resolve é dentro de campo. Se a gente entrar na mesma humildade de sempre, propor nosso jogo, entrar na mesma concentração, acredito que podemos fazer um jogo muito bom para que o resultado positivo venha. Se a gente fizer algo diferente, não estiver concentrado e o Tuntum estiver, vão sair vencedores. É um jogo único. A concentração tem que estar lá em cima”, ressalta.
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Experiente, Willian Oliveira prefere não ‘valorizar’ demais as condições do estádio nem mesmo a longa viagem. “Tem suas dificuldades. A viagem que estamos encarando, o campo, mas é se adaptar. Não tem jeito. É se adaptar ao que está na nossa frente e não usar isso de ‘muleta’. Nós vamos para uma final. Esse é o nosso pensamento e pretendemos fazer um ótimo jogo e sair vencedores”, finalizou.
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Como sempre, o técnico Paulo Pezzolano não revela a escalação, mas como Filipe Machado sofreu uma pancada no joelho e nem viajou, o time deve ser praticamente o mesmo que goleou a Patrocinense por 5 a 1 no domingo (13), com a manutenção de um trio ofensivo, até mesmo porque o adversário costuma jogar com três zagueiros. A grande novidade deverá ser mesmo apenas o retorno do atacante Edu.
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Após sofrer uma forte pancada na cabeça durante o clássico diante do Atlético, mesmo que os exames não tenham apontado nenhum tipo de lesão mais séria, por ‘protocolo médico’, Edu ficou a semana passada praticamente toda afastado das atividades mais intensas. Desfalcou o time no fim de semana, mas agora estará novamente em ação. Por precaução, utilizará uma espécie de ‘capacete’, um protetor para a cabeça.
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Com o retorno de Edu fica a única dúvida na formação da equipe: quem sai para dar lugar ao artilheiro da equipe na temporada, com seis gols? O mais provável é que ‘sobre’ para Daniel Jr ou para Waguininho. Vitor Roque estaria garantido.
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Desta forma, o Cruzeiro entraria em campo com Rafael Cabral; Rômulo, Eduardo Brock, Oliveira e Rafael Santos; Willian Oliveira, Fernando Canesin e João Paulo; Vitor Roque, Edu e Waguininho (Daniel Jr)
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Uma outra novidade estará no banco de reservas celeste: o zagueiro Wagner Leonardo, que estava no Náutico e foi contratado junto ao Santos. Apresentado oficialmente na sexta, ele já foi regularizado e pode até fazer sua estreia.
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Diferentemente da primeira fase, quando o visitante jogava pela vantagem do empate (o Cruzeiro fez 5 a 0 no Sergipe, em Aracaju), nesta fase da Copa do Brasil não há mais este critério. Em caso de igualdade no tempo normal, a vaga será definida na disputa de pênaltis. Caso se classifique, a Raposa embolsa mais R$ 1,9 milhão em premiação da CBF.
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Foto: Agência i7/Mineirão
