Demorou uma eternidade, mas enfim aconteceu. Exatos 546 dias depois de a Polícia Civil concluir inquérito e indiciar Wagner Pires de Sá, o Conselho Deliberativo do Cruzeiro decidiu nesta segunda (7) por cassar o mandato do ex-presidente do clube.
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Ao todo, 136 conselheiros participaram da votação. Destes, 113 votaram a favor da cassação de Wagner Pires Sá, 20 votaram contra, dois anularam o voto e um conselheiro votou em branco
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De acordo com o edital de convocação divulgado pelo Conselho Deliberativo do Cruzeiro, Wagner foi julgado por ‘falta de natureza grave’ cometida ao longo do seu mandato.
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Wagner assumiu a presidência do Cruzeiro em janeiro de 2018 e antes mesmo de completar dois anos à frente do clube, pressionado por denúncia de diversas irregularidades administrativas, renunciou ao cargo em dezembro de 2019, assim como seus dois vices-presidentes à época, Ronaldo Granata e Hermínio Lemos.
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Wagner comandava o Cruzeiro durante a temporada que resultou no rebaixamento à Série B, no final de 2019. Apesar de renunciar ao cargo de presidente, ele seguia com mandato de conselheiro benemérito do clube.
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Na Justiça, Wagner Pires é réu, desde o final de 2020, de denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais. Ele responde por falsidade ideológica, apropriação indébita e formação de organização criminosa. De acordo com o MP-MG, o rombo nos cofres do clube ultrapassa a casa dos R$ 6,5 milhões.
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Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro