Cinco dias após iniciar a vacinação contra Covid de crianças de 5 a 11 anos, com doses do imunizante da Pfizer, Minas Gerais não teve registros de eventos adversos nesse público. A informação é da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, e pode indicar a segurança do imunizante. “A SES-MG informa que, até o momento, não houve notificação de eventos adversos suspeitos da vacina contra Covid pediátrica, em crianças de 5 a 11 anos notificados”, informou, em nota. “A SES-MG destaca, ainda, que pesquisas demonstram que a administração do imunizante em crianças apresenta uma eficácia de 90,7% para a prevenção da Covid-19 em pelo menos sete dias após a segunda dose. E não foram observados eventos adversos graves associados à vacinação”, destacou.
Por meio da Secretaria de Saúde, a Prefeitura de Mariana, divulgou uma nota técnica sobre a vacinação pediátrica contra a Covid-19. As orientações informadas no documento tem o objetivo de garantir a imunização para o público infantil, de 05 a 11 anos, de forma segura e eficiente, conforme resolução norteada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
A imunização para essa faixa etária iniciará nesta sexta-feira (21), para as crianças quilombolas e autistas do município. Toda a cobertura vacinal das crianças será realizada em uma sala exclusiva para que sintam-se confortáveis no ambiente destinado a essa ação, além de serem atendidos por uma equipe de profissionais que receberam treinamento para atender com eficácia esse novo público.
Ainda em nota, a Secretaria de Saúde ressalta que a vacina contra a Covid-19 não deve ser administrada de forma simultânea a outras vacinas previstas no Plano Nacional de Imunização do calendário infantil, sendo recomendado um intervalo de 15 dias para aplicação, por precaução.
Após a imunização, as crianças serão acolhidas pela equipe da Central de Imunização e permanecerão no local durante 20 minutos após a aplicação, sob observação durante esse período para identificação de possíveis efeitos adversos que possam ocorrer.
Os principais sintomas que podem aparecer após a aplicação, são: dor, inchaço ou vermelhidão no local, e ainda febre, fadiga, dor de cabeça e calafrios. Em caso de dores no peito, falta de ar ou palpitações após a vacina, é recomendado aos pais ou responsáveis que procurem atendimento médico imediatamente.
Aprovada pela Anvisa em dezembro, “após uma análise técnica criteriosa de dados e estudos clínicos conduzidos pelo laboratório”, a vacina pediátrica da Pfizer pode produzir eventos adversos, assim como qualquer outra vacina, mas, em geral, eles foram apontados como leves pelo laboratório. A Anvisa também apresentou dados mostrando que “suspeitas de eventos adversos (ocorreram em) 0,05% do total de doses administradas (no mundo)”. A agência também indicou que “embora o risco seja baixo, foram incluídos eventos adversos de interesse especial em bula, miocardite e pericardite, que requerem constante monitoramento no pós-uso”. É recomendado que os eventos adversos sejam comunicados por meio de formulário próprio. A SES-MG esclarece que todas as notificações são realizadas pelos municípios e investigadas pelas Unidades Regionais de Saúde, secretarias estaduais de saúde e pelo PNI. Veja, abaixo, os mais comuns em crianças segundo a bula fornecida pelo fabricante.
– Reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): dor de cabeça, dor muscular, dor no local de injeção, cansaço, calafrios, inchaço no local da injeção e vermelhidão no local de injeção.
– Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): diarreia, vômito, dor nas articulações e febre.
– Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): aumento dos gânglios linfáticos (ou ínguas), urticária (alergia da pele com forte coceira), prurido (coceira), erupção cutânea
(lesão na pele), diminuição de apetite, náusea, dor nos membros (braço) e mal-estar.
– Desconhecida (não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis): reação alérgica grave (anafilaxia).
Na bula, a Pfizer também explica sobre a importância de comunicar efeitos após o uso da vacina. “Se tiver quaisquer efeitos adversos, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Estes incluem quaisquer efeitos adversos possíveis não mencionados nesta bula. Ao comunicar os efeitos adversos pode ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento”.