A Fundação Renova está apoiando a produção dos tradicionais “santinhos”, cartões impressos que trazem hinos e orações de festejos religiosos, típicos da região entre Mariana e o Alto Rio Doce. A iniciativa visa promover o fortalecimento das celebrações religiosas e culturais, especialmente nesse período em que alguns encontros e eventos habituais tiveram que ser suspensos em razão das restrições impostas pela pandemia.
No total, cerca de 2 mil santinhos serão distribuídos em comunidades dos municípios de Mariana (Bento Rodrigues, Pedras, Campinas e Ponte do Gama), Barra Longa (Barreto e Gesteira) e Rio Doce (Matadouro e Santana do Deserto), considerando os períodos de realização de cada evento.
A distribuição dos materiais teve início em julho e será concluída em dezembro de 2021, com o apoio de pessoas das próprias comunidades que são referências para essas manifestações.
A iniciativa faz parte do Programa de Preservação da Memória Histórica, Cultural e Artística da Fundação Renova e atende a um dos eixos definidos pelo Diagnóstico de Referências Culturais: Promoção e Produção dessas manifestações. “O estudo mapeou cerca de 300 manifestações culturais impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão e propôs um plano de trabalho para repará-los, em parceria com a Unesco. Atualmente, o projeto está em fase de tratativas com as comunidades e o Poder Público sobre as ações de reparação”, explica Lucas Vitelli, analista de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer da Fundação Renova.
Ainda de acordo com o analista, a produção dos santinhos também visa contribuir com a educação patrimonial e preservação da memória dos bens culturais dessas comunidades. “Todos os santinhos foram produzidos com textos que a própria comunidade sugeriu. Temos um pouquinho de reza e de hino. Essa é uma forma que encontramos de apoiar e fazer as pessoas festejarem essas manifestações. Um dos santinhos que serão distribuídos traz um hino que nunca havia sido registrado, por exemplo. Outro traz os versos da Folia de Reis, que são cantados nas casas das pessoas, fortalecendo a memória desse bem cultural”, afirma Lucas Vitelli.
