A emissão de gases poluentes na atmosfera, decorrentes das queimadas, intensificam o efeito estufa, contribuem para o aumento da poluição, da temperatura e piora a qualidade do ar. Neste período de estiagem, a fumaça dos incêndios prejudica a saúde da população agravando problemas respiratórios como asma, rinite, bronquite, entre outros. Além disso, podem provocar uma sobrecarga no atendimento do sistema de saúde e agravar o quadro de pacientes com Covid-19.
Adão Júnior, fundador da Brigada Florestal, comemorou a criação da Associação: “É um avanço. Ano passado tivemos vários focos de incêndio na cidade e ainda não tínhamos o pessoal pronto para fazer esse primeiro combate”. A Brigada funciona de segunda à domingo, de 07 às 19h.
Provocar incêndio é crime previsto na Lei nº 9605/1988 com penalidade de reclusão de dois a quatro anos e aplicação de multa. A ajuda da comunidade no combate às queimadas e preservação do meio ambiente é essencial. “A população pode ajudar denunciando e evitando colocar fogo em lixo nos fundos de quintais, sujeiras de lotes e propriedades que foram capinadas ou limpas recentemente, pois o fogo pode sair do controle rapidamente e virar um incêndio”, finalizou Adão Júnior.
Os incêndios, em sua maioria, são causados pela ação humana de maneira criminosa. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o número de focos de incêndio em Minas Gerais nos primeiros 24 dias do mês de agosto deste ano, cresceu 108,5% em comparação ao mesmo período de 2020. O avanço do desmatamento, disputa de posse de terras, vandalismo e as atividades ligadas à agropecuária são as principais causas para o aumento das práticas. A falta de chuvas, o mato seco, lixo inflamável e pontas de cigarros atiradas pelas janelas de carros, também são causas comuns para o início do fogo.
Agosto e setembro são marcados pelo tempo quente e seco. A ausência de chuvas, aliadas aos fortes ventos desta época do ano, aumentam os focos de incêndio e as chances de queimadas em larga escala.
Os incêndios trazem graves impactos para o meio ambiente e para a vida cotidiana. Entre eles estão alterações climáticas, comprometimento do solo, desequilíbrio do clima da região, desarmonia nos recursos naturais e colaboração para a aceleração do aquecimento global. As queimadas ainda atacam a biodiversidade, colocando em risco a fauna e flora existentes no local.