Mariana, a primeira capital de Minas Gerais, merece um pouco de tranquilidade, não acha? Afinal, depois de ser cenário de uma verdadeira maratona política – com quatro prefeitos em três anos – a cidade clama por estabilidade. Juliano Duarte, com todos os seus processos eleitorais deferidos, aparece como a promessa de um governo sem idas e vindas, pronto para assumir se for eleito. E, sinceramente, não parece que os marianenses pedem muito: só querem um prefeito que fique até o final do mandato. Parece razoável, certo?
Mas, com o histórico recente, qualquer marianense fica com uma pulga atrás da orelha. A última eleição foi quase um filme de suspense, com o enredo digno de Hollywood. O candidato que saiu vitorioso nas urnas sequer teve tempo de esquentar a cadeira. Problemas eleitorais o barraram, e o resultado foi o que podemos chamar de um verdadeiro rodízio de prefeitos. O desenvolvimento da cidade? Esse ficou em segundo plano, naturalmente. É difícil pensar em planejamento a longo prazo quando nem o prefeito consegue ficar por muito tempo no cargo.
O cenário, é claro, levanta uma questão importante: será que Mariana finalmente terá a estabilidade que precisa para voltar a crescer? A esperança é que sim, mas também sabemos que esperança sozinha não move montanhas, muito menos administra uma cidade. O desejo aqui é que quem quer que vença em 2024, seja Juliano Duarte, Roberto Rodrigues ou Bruno Teixeira ou qualquer outro candidato, tenha a chance de realmente governar, sem tropeços jurídicos ou intromissões externas.
E que fique claro: não estamos pedindo para Brasília ou qualquer outra instância ficar de fora. Só esperamos que não seja necessário interromper o curso natural das coisas para resolver questões eleitorais. Deixar as urnas decidirem e respeitar o resultado parece uma boa política, não? No final das contas, Mariana precisa de mais do que só discursos; precisa de continuidade e, acima de tudo, respeito à vontade popular.
Se o próximo capítulo dessa novela política será um drama ou uma história de sucesso, só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: quatro anos de um único prefeito já seria uma verdadeira inovação para Mariana.
