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Barragem Mariana: Cabo de guerra é travado entre Zema e Lula  

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Divergência sobre a aplicação de recursos coloca Lula e Zema em lados opostos.

O resultado das negociações sobre a repactuação da tragédia de Mariana poderá ter impacto direto nas eleições de 2026 em Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país. O impacto no pleito dependerá da decisão de como os recursos oriundos do acordo serão aplicados: se apenas na área atingida pelo rompimento da barragem de Fundão ou se em todo o Estado. 

Diante do quadro, um cabo de guerra foi criado entre dois caciques políticos que estarão presentes, de uma forma ou de outra, nas eleições de 2026: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). 

Lula, possível candidato à reeleição em 2026, defende, via Advocacia Geral da União (AGU), a destinação dos recursos exclusivamente na área afetada, ou seja, no município de Mariana e ao longo do rio Doce, atingido pela lama que desceu da barragem. 

Já Zema, que está em segundo mandato e, portanto, não poderá se candidatar novamente, mas vai tentar eleger seu sucessor, pressiona para que os recursos sejam utilizados em todo o Estado, o que alavancaria programas de obras do governo. O formato defendido por Zema já foi usado em acordo envolvendo outra tragédia, a de Brumadinho. 

Uma nova rodada de negociações, que se arrastam há cerca de dois anos, ocorreu no dia 5 de julho, mas não houve definição. O impasse entre as propostas defendidas por Lula e Zema pode influenciar fortemente o cenário político de Minas Gerais, refletindo-se nas urnas em 2026. A decisão sobre a destinação dos recursos não só afetará os programas de recuperação e desenvolvimento das áreas atingidas, mas também moldará as estratégias eleitorais dos candidatos e partidos envolvidos. 

A tragédia de Mariana, ocorrida em 2015, foi um dos maiores desastres ambientais do Brasil, afetando profundamente a região e gerando uma série de litígios e negociações para a reparação dos danos. A destinação dos recursos oriundos dos acordos de repactuação tem sido um tema central nas discussões políticas e jurídicas, com implicações que vão além do âmbito local, alcançando o cenário nacional. 

Enquanto Lula busca concentrar os recursos na recuperação direta das áreas afetadas, Zema vê a oportunidade de ampliar o impacto dos recursos em todo o Estado, o que poderia consolidar o apoio ao seu grupo político nas próximas eleições. A decisão final sobre a aplicação dos recursos será crucial para determinar não apenas o futuro das áreas atingidas, mas também o panorama político de Minas Gerais e do Brasil. 

O desenrolar das negociações e a eventual decisão sobre a aplicação dos recursos oriundos do acordo de repactuação da tragédia de Mariana serão determinantes para as eleições de 2026 em Minas Gerais. A disputa entre Lula e Zema reflete as complexas dinâmicas políticas e as diferentes visões sobre como melhor utilizar os recursos para o benefício da população mineira. O cenário ainda está aberto, e as próximas movimentações serão fundamentais para definir o rumo das negociações e seu impacto nas urnas.