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Efeito da dipirona é investigada por risco de reação adversa grave 

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Popular no Brasil, medicamento é associado a agranulocitose, condição rara e potencialmente fatal.

A Dipirona, um analgésico amplamente utilizado no Brasil para tratar dores e febre, está sendo investigada pela European Medicines Agency (EMA) devido ao risco de agranulocitose, uma reação adversa rara caracterizada pela diminuição severa dos glóbulos brancos, podendo resultar em infecções graves e até fatais. A agência europeia divulgou o comunicado na última semana, destacando a necessidade de uma revisão das medidas de segurança atualmente em vigor. 

A agranulocitose é uma condição grave em que o corpo não produz glóbulos brancos suficientes, fundamentais para combater infecções. Apesar de a bula da dipirona, que contém metamizol, já alertar sobre este risco, a EMA expressou preocupação de que as medidas preventivas não estejam sendo eficazes. “A informação dos vários medicamentos que contêm metamizol lista atualmente a agranulocitose como um efeito secundário raro (que ocorre em até 1 em 1.000 pessoas) ou como um efeito secundário muito raro (que ocorre em até 1 em 10.000 pessoas). As medidas em vigor para minimizar este risco variam entre os países”, afirmou a EMA no comunicado. 

A investigação foi iniciada após um pedido da Finlândia, país que decidiu retirar a dipirona do mercado devido a um aumento nas notificações de casos de agranulocitose associados ao uso do medicamento. A retirada foi uma resposta a preocupações crescentes sobre a segurança do metamizol, estimulando a EMA a reavaliar a situação e considerar se as medidas atuais são suficientes para proteger os pacientes. 

No Brasil, onde a dipirona é vendida sob diversos nomes comerciais e é um dos medicamentos mais populares para alívio de dores e febre, a notícia gerou discussões sobre a segurança de seu uso. Especialistas em saúde pública e autoridades regulatórias acompanham de perto o desenvolvimento da investigação europeia. “A dipirona é amplamente utilizada no Brasil devido à sua eficácia e baixo custo. No entanto, a segurança dos pacientes deve ser a prioridade. Precisamos observar os resultados dessa investigação e estar preparados para ajustar nossas recomendações se necessário”, afirmou Dr. Paulo Mendes, especialista em farmacologia clínica. 

Enquanto a investigação está em andamento, a EMA recomenda que os profissionais de saúde permaneçam vigilantes quanto aos sinais de agranulocitose em pacientes que utilizam metamizol. Os sintomas incluem febre, dor de garganta, úlceras na boca e sinais de infecção. Pacientes devem ser instruídos a buscar atendimento médico imediato se apresentarem esses sintomas.