Na quarta-feira (27), vereadores, secretário de Saúde e supervisores da policlínica se reuniaram para achar soluções para as críticas dos pacientes quanto ao atendimento da rede municipal. O encontro foi idealizado pelo vereador Pedrinho Salete, que na última reunião da Câmara Municipal elogiou o atendimento da unidade, mas ao receber diversas críticas, propôs uma reunião para que todos tivessem conhecimento da realidade cotidiana.
Estavam presentes o secretário de saúde, Dr. Leandro Ferreira, que estava de férias e retornou antes da data prevista por motivo dos transtornos reportados pela população; Germano Zanforlim, que estava à frente da pasta enquanto o titular estava fora da cidade; o gerente da Policlínica Elton e apenas três vereadores: Zezinho Salete, Pedrinho Salete e Maurício da Saúde.
Ao serem questionados sobre o número excessivo de pessoas na área de espera, Elton e Dr. Leandro explicaram que a maioria dos indivíduos no lado de fora são acompanhantes dos pacientes, e que os médicos têm atendido mais pessoas do que consta nas normas do Ministério de Saúde. Isso se dá pelo grande número de casos de dengue e covid, por haver demanda de moradores de Antônio Pereira e conveniados indo até a policlínica central, o que oprime o sistema do SUS e gera mais demora nos atendimentos.
Germano acrescentou que a unidade de saúde não foi feita para tantos atendimentos, sendo carente de hotelaria de emergência e, que no planejamento dos anos passados, a UPA São Pedro teria que estar em funcionamento desde 2016, local onde seria o atendimento de emergências e internações. Como a UPA ainda não foi inaugurada, a policlínica tornou-se referência de todas as pessoas que adoecem e sofrem acidentes na cidade, gerando concentração.
Uma das soluções para amenizar os transtornos dos pacientes em espera foi aumentar o local onde ficam os assentos. A obra foi iniciada na segunda-feira e operou durante a noite e madrugada, quando há menos enfermos na unidade. A estimativa é de mais 35 assentos para comportar mais pessoas que estão no aguardo da consulta. As reformas de ampliação e melhorias na unidade são comprometidas por ter sido construída para atender situações específicas, e o local não ter mais espaço para abertura de novas salas e leitos.
O atendimento não é o problema, mas sim a logística e a quebra de planejamento. Hoje a policlínica opera com seis clínicos gerais e três pediatras, tendo em média 48 atendimentos por hora. Mas com o crescimento populacional e a carência de outros centros de saúde, ficou inevitável o cenário de caos, ainda mais com uma epidemia de arboviroses.
A estimativa é que a UPA São Pedro seja inaugurada até o final do mês de junho, porém é só o planejado, podendo demorar mais. Com a unidade de pronto atendimento em funcionamento, a expectativa é que os atendimentos melhorem.